"Está na fase final, com decisão iminente, o julgamento no Tribunal Superior Eleitoral do processo movido pela coligação "Maranhão -a Força do Povo", que apoiou a candidata Roseana Sarney (DEM) ao governo do Maranhão nas eleições de 2006, pedindo a cassação do governador Jackson Lago e do vice–governador, Luis Carlos Porto.
O motivo alegado para justificar o pedido seria a ocorrência de abuso de poder político (uso da administração pública em benefício dessa candidatura).
Não é difícil demonstrar, mesmo conhecendo as sutis filigranas jurídicas, a fragilidade das acusações. A maior parte das supostas irregularidades ocorreu antes do dia 1º de outubro de 2006 (data do primeiro turno). O então Governador do Estado, José Reinaldo Tavares – que apoiou no primeiro turno o candidato Edson Vidigal, seu correligionário do Partido Socialista Brasileiro, teria celebrado convênios com prefeituras como instrumento eleitoral.
No primeiro turno, Roseana Sarney superou Jackson Lago em 101 (cento e um) dos 156 (cento e cinqüenta e seis) municípios beneficiados com repasses de recursos decorrentes de tais ajustes. E, em diversos Municípios, não favorecidos com esses convênios, a candidata Roseana Sarney foi derrotada. Os exemplos mais concretos são os Municípios de São Luís e Imperatriz, nos quais Jackson Lago venceu a eleição com dianteira de mais de 210.000 mil eleitores1.
No segundo turno, Roseana Sarney não conseguiu o apoio de nenhum dos candidatos derrotados no primeiro turno. Sua votação se manteve praticamente inalterada: 1.282.053 votos no primeiro turno e 1.295.745 no segundo. O terceiro e quarto colocados, Edson Vidigal e Aderson Lago, apoiaram Jackson Lago, que tendo recebido 933.089 votos no primeiro turno, saltou para 1.393.647 votos no segundo. A diferença é praticamente equivalente ao total de votos dos candidatos derrotados no primeiro turno2. Não há nada de ilegal ou ilegítimo nisso!
Este breve resumo dos antecedentes do processo contra o Dr. Jackson Lago só permite uma conclusão: o processo movido contra ele é político e não jurídico.
A candidatura de Roseana Sarney em 2006 representava a continuidade no controle do aparelho do Estado de um grupo político–econômico que começou a obter poder quando seu maior expoente, o atual Senador José Sarney, numa reviravolta política, aliou–se ao governo militar após o golpe de 1964, tornando–se desta forma governador biônico. Na verdade, quem teria sido eleito governador pelo voto, caso não houvesse a intervenção militar, teria sido Neiva Moreira, cuja candidatura já era dada como vitoriosa. Mas nessa altura, Neiva tinha sido preso e depois expulso do pais, passando 15 anos no exílio.
Aliado à ditadura, Sarney comandou o Maranhão como um chefe político absolutista, pois além do poder econômico, foi concentrando amplas prerrogativas políticas, como a formação do maior conglomerado de comunicação da região, o sistema Mirante, e a omeação para os principais cargos nos poderes e na burocracia do Estado daqueles que lhe juravam fidelidade plena.
Como nas monarquias hereditárias, José Sarney “preparou” os filhos para assegurar a continuidade do seu domínio sob o Estado, sempre amparado na falta de democracia, de liberdade de imprensa, na construção de mitos e no uso e abuso da maquina burocrática. Quando a abertura política permitiu uma eleição de compromisso entre o passado autoritário e um futuro democrático, Sarney teve o benefício do destino trágico de Tancredo Neves para chegar à Presidência.
Desde que as eleições se tornaram, de fato, diretas, esse grupo vinha mantendo o seu poder graças a essa forma autoritária de controle do Estado. Assinale–se, por exemplo, que as emissoras de rádio e de televisão que funcionam nos país com prazo de concessão vencido, estão alguns das que pertencem ao grupo Mirante.
Há alguns anos que a família Sarney está sendo investigada por irregularidades de todo tipo (eleitorais, financeiras, administrativas) que praticou durante décadas.
Chama a atenção que o grupo Sarney, que teve a ousadia de pedir a cassação do governador Jackson Lago confiado em seu imenso poder, tenha um dos seus membros, Fernando, filho do senador Sarney, sob investigação da polícia e do Ministério Público por financiamento ilegal de campanha de Roseana Sarney para o governo do Maranhão em 2006!
Alguém duvida, diante desta pequena síntese, de que o processo contra o Dr. Jackson Lago é político? Alguém duvida que se trata de mais uma jogada suja de um clã que não se resigna a aceitar a realidade de que o Maranhão, pelo voto popular, disse que não aceita mais ser um feudo da família Sarney?
A Justiça no Brasil está sendo observada pelo povo, que em duas décadas de exercício do voto e da prática cotidiana da DEMOCRACIA aprendeu que O VOTO TEM VALOR!!
A família Sarney foi destronada pelo voto popular e confia-se que a Justiça Brasileira mais uma vez referende a vontade do eleitor não cometendo um equívoco que certamente trará graves e imprevisíveis conseqüências políticas para a governabilidade do Estado do Maranhão."
terça-feira, 18 de novembro de 2008
terça-feira, 7 de outubro de 2008
Operação Guanabara se estenderá até o segundo turno no Rio.
A atuação do exército na cidade do Rio de Janeiro para a segurança das eleições ainda não terminou. Apesar de passado o período mais crítico, as tropas ficarão na cidade para garantir a segurança do pleito do dia 26 de outubro.
Para o porta-voz da Operação Guanabara, coronel André Novaes, o objetivo da primeira parte da ação foi cumprido, que era acabar com currais eleitorais de candidatos a vereador, garantir a livre manifestação política e permitir a todos os candidatos de fazer campanha nas comunidades: “Do ponto de vista militar, a ação foi um sucesso, o objetivo era acabar com currais eleitorais e mostrar aos cidadãos que o voto é livre.” Disse o coronel.
Para a eleição do segundo turno as tropas permanecerão na cidade, mas somente para fazer a segurança no dia da eleição (26), e nos locais de votação, sem ações nos morros, como na primeira fase da operação, explica o coronel Novais: “a não ser nos locais onde tenham zonas eleitorais dentro das favelas, o exército vai ficar só nos arredores dos morros, protegendo somente os locais de votação.”
Apesar de toda ação do exército para garantir a livre escolha do voto, três candidatos suspeitos de ter ligação com as milícias nos morros cariocas foram eleitos vereadores: Carminha Jerominho, Cristiano Girão e Claudinho da Academia, o que mostra que o problema do curral eleitoral nos morros está longe de ter um fim.
Por: Allan Ravagnani
Para o porta-voz da Operação Guanabara, coronel André Novaes, o objetivo da primeira parte da ação foi cumprido, que era acabar com currais eleitorais de candidatos a vereador, garantir a livre manifestação política e permitir a todos os candidatos de fazer campanha nas comunidades: “Do ponto de vista militar, a ação foi um sucesso, o objetivo era acabar com currais eleitorais e mostrar aos cidadãos que o voto é livre.” Disse o coronel.
Para a eleição do segundo turno as tropas permanecerão na cidade, mas somente para fazer a segurança no dia da eleição (26), e nos locais de votação, sem ações nos morros, como na primeira fase da operação, explica o coronel Novais: “a não ser nos locais onde tenham zonas eleitorais dentro das favelas, o exército vai ficar só nos arredores dos morros, protegendo somente os locais de votação.”
Apesar de toda ação do exército para garantir a livre escolha do voto, três candidatos suspeitos de ter ligação com as milícias nos morros cariocas foram eleitos vereadores: Carminha Jerominho, Cristiano Girão e Claudinho da Academia, o que mostra que o problema do curral eleitoral nos morros está longe de ter um fim.
Por: Allan Ravagnani
Conflito do Iraque é o que mais mata jornalistas
Em uma guerra onde os combatentes estão camuflados na população, os jornalistas viram alvos vulneráveis, e numero de mortes bate recorde.
Desde que estourou a Guerra do Iraque em março de 2003, até o final de 2007, mais de 200 jornalistas foram assassinados, fazendo com que este conflito seja o que mais resultou mortes para imprensa na história recente.
Em 2008, até o mês de agosto, 31 jornalistas já foram mortos no Iraque, no qual 24 mortes foram por assassinatos e sete por conseqüência de fogo cruzado durante os confrontos. Mais de um terço dos mortos trabalhavam para agências internacionais de notícias, e dos 31 mortos, 30 eram de nacionalidade Iraquiana que trabalhavam para imprensa local e também internacional.
As principais causas da morte e ameaças à imprensa são os pistoleiros não identificados, os ataques suicidas à bomba e as operações dos militares norte-americanas, afirmou o relatório do Comitê de Proteção dos Jornalistas, o CPJ, que apontou o ano de 2007 como o mais letal para a categoria em mais de uma década, com 49 casos de morte.
Nesta guerra, os profissionais da imprensa deixaram de ser figuras neutras e passaram a ser alvos dos rebeldes, principalmente após contratação de grupos particulares de segurança, que confrontam com rebeldes.
A Organização Repórteres sem Fronteiras aponta que 75% dos casos de assassinatos de jornalistas foram planejados, e feitos em forma de emboscadas, ao contrário de conflitos anteriores, quando os jornalistas morriam em decorrência de balas perdidas e atentados contra outros alvos.
Em todo o mundo, o CPJ apurou que 64 jornalistas morreram no cumprimento de seu trabalho em 2007, oito a mais que no ano anterior. O Comitê registrou somente um ano com um número maior de vítimas fatais, foi em 1994, quando 66 jornalistas morreram, a maioria deles nos conflitos da Argélia, Bósnia e Ruanda.
Desde que estourou a Guerra do Iraque em março de 2003, até o final de 2007, mais de 200 jornalistas foram assassinados, fazendo com que este conflito seja o que mais resultou mortes para imprensa na história recente.
Em 2008, até o mês de agosto, 31 jornalistas já foram mortos no Iraque, no qual 24 mortes foram por assassinatos e sete por conseqüência de fogo cruzado durante os confrontos. Mais de um terço dos mortos trabalhavam para agências internacionais de notícias, e dos 31 mortos, 30 eram de nacionalidade Iraquiana que trabalhavam para imprensa local e também internacional.
As principais causas da morte e ameaças à imprensa são os pistoleiros não identificados, os ataques suicidas à bomba e as operações dos militares norte-americanas, afirmou o relatório do Comitê de Proteção dos Jornalistas, o CPJ, que apontou o ano de 2007 como o mais letal para a categoria em mais de uma década, com 49 casos de morte.
Nesta guerra, os profissionais da imprensa deixaram de ser figuras neutras e passaram a ser alvos dos rebeldes, principalmente após contratação de grupos particulares de segurança, que confrontam com rebeldes.
A Organização Repórteres sem Fronteiras aponta que 75% dos casos de assassinatos de jornalistas foram planejados, e feitos em forma de emboscadas, ao contrário de conflitos anteriores, quando os jornalistas morriam em decorrência de balas perdidas e atentados contra outros alvos.
Em todo o mundo, o CPJ apurou que 64 jornalistas morreram no cumprimento de seu trabalho em 2007, oito a mais que no ano anterior. O Comitê registrou somente um ano com um número maior de vítimas fatais, foi em 1994, quando 66 jornalistas morreram, a maioria deles nos conflitos da Argélia, Bósnia e Ruanda.
quarta-feira, 24 de setembro de 2008
Por que todo mundo gosta dele?
A pesquisa CNT/Sensus divulgada esta semana é taxativa, 77% dos brasileiros aprovam e confiam no presidente Lula. O percentual só não é histórico, pois a mesma pesquisa, em fevereiro de 2003 apontou aprovação de 83% do barbudo, que recém eleito, era a personificação da esperança de um povo sofrido que passava por anos difíceis.
Hoje, seis anos e nove meses depois da posse, por que o presidente Lula tem uma aprovação tão elevada? Carisma, retórica e seu histórico de vida ajudam, mas nem de longe dão a resposta a esta questão, que tanto atormenta a vida da classe média conservadora. A questão principal, e tão simples de responder é: A vida do povo melhorou principalmente do povo pobre. Mas como, onde e por que melhorou?
Após a implantação do Plano Real, em 1994, pelo presidente Itamar Franco, o fantasma da inflação deixou de fazer parte da realidade do brasileiro. Com a moeda forte e valorizada, a classe média e a baixa não precisavam mais fazer a “compra do mês” e estocar todo o alimento no “freezer”, também começaram a comprar bens duráveis em prestações, uma vez que o fantasma da correção monetária sumiu, e as redes tipo “Casas Bahia” entenderam a função do crédito na economia. A estabilização da moeda foi o primeiro passo para a virada do brasileiro médio.
Pulando no tempo a fase nebulosa entre 1995 e 2003, o novo governo começou com uma política de arrocho nas contas públicas, metas altas de superávit primário e pagamento de contas externas. O primeiro programa social de impacto, o “Fome Zero” não vingou, mas os que o sucederam sim, não é a toa que o governo foi reeleito em meio a uma crise política estratosférica e toda a pirotecnia e o circo armado pela imprensa na época.
A pesquisa “Síntese dos indicadores sociais” divulgada ontem (24) pelo IBGE é um retrato do Brasil de Lula. Praticamente todos os indicadores relacionados à qualidade de vida melhoraram, e muito. Para se tomar como exemplo, o número de famílias pobres, que vivem com meio salário mínimo per capita por mês, caiu 26%, saindo de 31% em 1997 para 23% em 2007.
O Bolsa Família, o Prouni, o Luz para Todos e os programas de inclusão racial, só para citar alguns exemplos, são mecanismos de inclusão, ao contrário do pensamento neoliberal babaca de que são puro assistencialismo, esses programas distribuem renda e cidadania aos que nunca tiveram essa oportunidade. A inclusão deve ser baseada em uma série de fatores, como educação, saúde, saneamento, emprego e renda, mas o primeiro e mais importante fator está sendo cumprido, que é a alimentação. Ninguém faz nada com fome.
O problema da exclusão no Brasil, infelizmente não acaba de uma hora para outra, mas se seguir esse caminho vai acabar, e em poucos anos. Hoje mesmo, a ministra Dilma Rousseff falou que com os recursos do pré-sal, a pobreza no Brasil acabará em 18 anos. Você acredita? Eu sim.
Hoje, seis anos e nove meses depois da posse, por que o presidente Lula tem uma aprovação tão elevada? Carisma, retórica e seu histórico de vida ajudam, mas nem de longe dão a resposta a esta questão, que tanto atormenta a vida da classe média conservadora. A questão principal, e tão simples de responder é: A vida do povo melhorou principalmente do povo pobre. Mas como, onde e por que melhorou?
Após a implantação do Plano Real, em 1994, pelo presidente Itamar Franco, o fantasma da inflação deixou de fazer parte da realidade do brasileiro. Com a moeda forte e valorizada, a classe média e a baixa não precisavam mais fazer a “compra do mês” e estocar todo o alimento no “freezer”, também começaram a comprar bens duráveis em prestações, uma vez que o fantasma da correção monetária sumiu, e as redes tipo “Casas Bahia” entenderam a função do crédito na economia. A estabilização da moeda foi o primeiro passo para a virada do brasileiro médio.
Pulando no tempo a fase nebulosa entre 1995 e 2003, o novo governo começou com uma política de arrocho nas contas públicas, metas altas de superávit primário e pagamento de contas externas. O primeiro programa social de impacto, o “Fome Zero” não vingou, mas os que o sucederam sim, não é a toa que o governo foi reeleito em meio a uma crise política estratosférica e toda a pirotecnia e o circo armado pela imprensa na época.
A pesquisa “Síntese dos indicadores sociais” divulgada ontem (24) pelo IBGE é um retrato do Brasil de Lula. Praticamente todos os indicadores relacionados à qualidade de vida melhoraram, e muito. Para se tomar como exemplo, o número de famílias pobres, que vivem com meio salário mínimo per capita por mês, caiu 26%, saindo de 31% em 1997 para 23% em 2007.
O Bolsa Família, o Prouni, o Luz para Todos e os programas de inclusão racial, só para citar alguns exemplos, são mecanismos de inclusão, ao contrário do pensamento neoliberal babaca de que são puro assistencialismo, esses programas distribuem renda e cidadania aos que nunca tiveram essa oportunidade. A inclusão deve ser baseada em uma série de fatores, como educação, saúde, saneamento, emprego e renda, mas o primeiro e mais importante fator está sendo cumprido, que é a alimentação. Ninguém faz nada com fome.
O problema da exclusão no Brasil, infelizmente não acaba de uma hora para outra, mas se seguir esse caminho vai acabar, e em poucos anos. Hoje mesmo, a ministra Dilma Rousseff falou que com os recursos do pré-sal, a pobreza no Brasil acabará em 18 anos. Você acredita? Eu sim.
quinta-feira, 18 de setembro de 2008
A crise perto do fim?
Em dez de agosto deste ano, Evo Morales saiu vitorioso no referendo revogatório de seu mandato, que desde o começo foi rejeitado pela oposição. De lá pra cá, sua relação com a direita, que já não era fácil, só piorou. Os opositores passaram a ser mais radicais e violentos, os conflitos com os governistas foram inevitáveis, deixando mais de 30 pessoas mortas nos últimos dias.
Os conflitos se concentram nos estados governados pela oposição, Beni, Pando, Parija e Santa Cruz, onde os governos querem autonomia administrativa da capital La Paz, e maior participação nos impostos sobre os hidrocarbonetos produzidos naqueles estados, que atualmente são utilizados para financiar programas sociais do governo para as regiões pobres.
Em Beni, soldados do exército foram atacados por rebeldes. Em Pando, camponeses foram assassinados pelos radicais e o governador foi preso, em Santa Cruz e Tarija, mais mortes. Apenas para recordar, Beni é o departamento, onde o presidente Evo foi impedido de reabastecer seu helicóptero, tendo que pedir ajuda ao Brasil para voltar a La Paz.
Os maiores consumidores do gás boliviano, Brasil e Argentina, firmaram apoio ao presidente Evo e rechaçaram qualquer tentativa de golpe no país, porém, mesmo com o abastecimento de gás prejudicado, o presidente Lula afirmou que de forma alguma o Brasil irá atuar com militares e respeitará a soberania boliviana.
Para Lula, os países vizinhos irão ajudar de diversas maneiras, como proteger as fronteiras do contrabando de armas e drogas, oferecer ajuda no abastecimento de suprimentos e maquinários, e intermediar possíveis negociações de paz.
Nesta quinta-feira, governo e opositores buscaram acordo para selar o fim dos conflitos. O primeiro dia de negociações, em Cochabamba, contou com presença dos governadores opositores, do presidente Evo, comissões da Igreja Católica e observadores internacionais.
O encontro prevê um documento que contém o restabelecimento de negociações de paz, a desocupação das repartições públicas tomadas pelos opositores, e a investigação sobre o massacre de camponeses no departamento de Pando.
Caso a negociação não tenha sucesso os problemas se agravarão, as indústrias que dependem do gás boliviano terão que fazer racionamento de energia, diminuindo suas produções e desacelerando o crescimento da economia.
Os conflitos se concentram nos estados governados pela oposição, Beni, Pando, Parija e Santa Cruz, onde os governos querem autonomia administrativa da capital La Paz, e maior participação nos impostos sobre os hidrocarbonetos produzidos naqueles estados, que atualmente são utilizados para financiar programas sociais do governo para as regiões pobres.
Em Beni, soldados do exército foram atacados por rebeldes. Em Pando, camponeses foram assassinados pelos radicais e o governador foi preso, em Santa Cruz e Tarija, mais mortes. Apenas para recordar, Beni é o departamento, onde o presidente Evo foi impedido de reabastecer seu helicóptero, tendo que pedir ajuda ao Brasil para voltar a La Paz.
Os maiores consumidores do gás boliviano, Brasil e Argentina, firmaram apoio ao presidente Evo e rechaçaram qualquer tentativa de golpe no país, porém, mesmo com o abastecimento de gás prejudicado, o presidente Lula afirmou que de forma alguma o Brasil irá atuar com militares e respeitará a soberania boliviana.
Para Lula, os países vizinhos irão ajudar de diversas maneiras, como proteger as fronteiras do contrabando de armas e drogas, oferecer ajuda no abastecimento de suprimentos e maquinários, e intermediar possíveis negociações de paz.
Nesta quinta-feira, governo e opositores buscaram acordo para selar o fim dos conflitos. O primeiro dia de negociações, em Cochabamba, contou com presença dos governadores opositores, do presidente Evo, comissões da Igreja Católica e observadores internacionais.
O encontro prevê um documento que contém o restabelecimento de negociações de paz, a desocupação das repartições públicas tomadas pelos opositores, e a investigação sobre o massacre de camponeses no departamento de Pando.
Caso a negociação não tenha sucesso os problemas se agravarão, as indústrias que dependem do gás boliviano terão que fazer racionamento de energia, diminuindo suas produções e desacelerando o crescimento da economia.
segunda-feira, 15 de setembro de 2008
O negócio é bater no PT... no Lula não ...
Os marketeiros da equipe do González tinham razão, a estratégia para Kassab subir e roubar o eleitorado de Alckmim, sem criar um mal-estar para futuras alianças no foi bater na Marta, e deu certo.
Claro que não é só isso, temos que ressaltar a qualidade das campanhas no rádio e na TV de Kassab e Alckmin, nitidamente separada pela captção de dinheiro entre as duas chapas.
Bater na gestão de Marta Suplicy dificilmente tiraria pontos da petista, mas com certeza, quem batesse mais forte e mais contundente, ganharia (ganhará, o jogo ainda está aberto) a vaga de salvador da classe média Anti-PT, do candidato mais capaz de derrotar Marta no segundo turno.
O que mostra que nem Alckmim nem Kassab têm um eleitorado fiel a si e aos partidos, e que a maioria dos seus eleitores buscam, é uma figura representante da classe média conservadora, e que não importa quem seja, será melhor que o PT.
De marketeiro novo, Alckmim começou a adotar a tática do ataque a Marta para recuperar o tempo, e os pontos, perdidos nas últimas semanas, e lançou uma propaganda “genial”, que além de hilária, mostra bem o desespero dos tucanos, e a falta de rumo com a altíssima aprovação do presidente Lula, do PT (como gostava de lembrar Geraldo).
Vejam:
Claro que não é só isso, temos que ressaltar a qualidade das campanhas no rádio e na TV de Kassab e Alckmin, nitidamente separada pela captção de dinheiro entre as duas chapas.
Bater na gestão de Marta Suplicy dificilmente tiraria pontos da petista, mas com certeza, quem batesse mais forte e mais contundente, ganharia (ganhará, o jogo ainda está aberto) a vaga de salvador da classe média Anti-PT, do candidato mais capaz de derrotar Marta no segundo turno.
O que mostra que nem Alckmim nem Kassab têm um eleitorado fiel a si e aos partidos, e que a maioria dos seus eleitores buscam, é uma figura representante da classe média conservadora, e que não importa quem seja, será melhor que o PT.
De marketeiro novo, Alckmim começou a adotar a tática do ataque a Marta para recuperar o tempo, e os pontos, perdidos nas últimas semanas, e lançou uma propaganda “genial”, que além de hilária, mostra bem o desespero dos tucanos, e a falta de rumo com a altíssima aprovação do presidente Lula, do PT (como gostava de lembrar Geraldo).
Vejam:
quarta-feira, 10 de setembro de 2008
debate e pesquisas
O debate que será realizado na TV Bandeirantes nesta quinta-feira, 11/9, mais um marco que pode dividir águas nas eleições municipais.
Após sofrer várias quedas nas pesquisas, e empatar com Kassab, é a hora de Alckmim mostrar que é bom de debate, e ir pra cima do candidato do DEM, que apesar da bela campanha de TV, não tem a mesma cancha que o Tucano em debates, além de ter a língua presa, o que pesa um pouco na estética.
De marketeiro novo, Geraldo Alckmin pretende revitalizar sua campanha, a mudança veio em cima da hora, talvez tarde demais, mas para isso, o desempenho do tucano no debate é fundamental para recuperar os pontos perdidos e jogar uma pá de cal na esperança dos DEMOS.
Marta Suplicy deve entrar para não se comprometer, e claro, se defender dos ataques de Maluf, Kassab e Alckmim. Ela deve apresentar os números de sua gestão, as realizações e colar mais ainda seu nome ao do presidente Lula.
Pesquisas
O Instituto Datafolha preparou 2 rodadas de pesquisas nesta semana, conforme registrado no site do TRE-SP.
O instituto foi a campo ontem (9/9) e está hoje (10/9), e outra na quinta (11/9 - dia do debate) e sexta (12/9).
Os levantamentos serão fundamentais para avaliar o desempenho de cada candidato no debate promovido, e pode começar a definir a tendência do eleitorado para a reta final.
Após sofrer várias quedas nas pesquisas, e empatar com Kassab, é a hora de Alckmim mostrar que é bom de debate, e ir pra cima do candidato do DEM, que apesar da bela campanha de TV, não tem a mesma cancha que o Tucano em debates, além de ter a língua presa, o que pesa um pouco na estética.
De marketeiro novo, Geraldo Alckmin pretende revitalizar sua campanha, a mudança veio em cima da hora, talvez tarde demais, mas para isso, o desempenho do tucano no debate é fundamental para recuperar os pontos perdidos e jogar uma pá de cal na esperança dos DEMOS.
Marta Suplicy deve entrar para não se comprometer, e claro, se defender dos ataques de Maluf, Kassab e Alckmim. Ela deve apresentar os números de sua gestão, as realizações e colar mais ainda seu nome ao do presidente Lula.
Pesquisas
O Instituto Datafolha preparou 2 rodadas de pesquisas nesta semana, conforme registrado no site do TRE-SP.
O instituto foi a campo ontem (9/9) e está hoje (10/9), e outra na quinta (11/9 - dia do debate) e sexta (12/9).
Os levantamentos serão fundamentais para avaliar o desempenho de cada candidato no debate promovido, e pode começar a definir a tendência do eleitorado para a reta final.
semana de pesquisas, é claro
Número da pesquisa 026.001.08-SPPE
Data do registro: 08/09/2008
Contratada: Instituto de Pesquisas Data Folha
Contratante: Empresa Folha da Manhã S/A
Valor: R$59.000,00
Cargo: Prefeito de São Paulo
Período de realização: 11 e 12 de setembro de 2008
Número da pesquisa: 02300108-SPPE
Data do registro: 05/09/2008
Contratante: EMPRESA FOLHA DA MANHÃ S/A
Contratada: BANCO DE DADOS DE SÃO PAULO LTDA - DATAFOLHA
Valor: R$ 59.000,00 (cinquenta e nove mil reais)
Cargo: Prefeito de São Paulo - Capital
Período de realização: 9 e 10 de setembro de 2008
Número da pesquisa: 02400108-SPPE
Data do registro: 06/09/2008
Contratada: IBOPE - Inteligência, Pesquisa e Consultoria Ltda
Contratante: Globo Comunicação e Participações S/A e S/A. O Estado de São Paulo.
Valor: R$ 38.250,00 (trinta e oito mil e duzentos e cinqüenta reais)
Cargo: Prefeito de São Paulo - Capital
Período de realização: 5 e 9 de setembro de 2008
terça-feira, 2 de setembro de 2008
Vereador digital - Estadão
não tinha como não citer o trabalho realizado pelo portal Estadão.com
o site do Vereador Digital é um dos mais completos que já vi, com os dados e entrevistas com (quase) todos os candidatos a vereador por São Paulo, vale a pena consultar o site quando receber algum santinho, ou ouvir uma proposta na TV.
Políticos do Brasil
O jornalista Fernando Rodrigues, que voltou de seu curso em Harvard, já está atualizando seu blog pessoal, e o site Políticos do Brasil, com muitas informações sobre candidatos do Brasil inteiro.
o site do Vereador Digital é um dos mais completos que já vi, com os dados e entrevistas com (quase) todos os candidatos a vereador por São Paulo, vale a pena consultar o site quando receber algum santinho, ou ouvir uma proposta na TV.
Políticos do Brasil
O jornalista Fernando Rodrigues, que voltou de seu curso em Harvard, já está atualizando seu blog pessoal, e o site Políticos do Brasil, com muitas informações sobre candidatos do Brasil inteiro.
segunda-feira, 1 de setembro de 2008
Datafolha com poucas mudanças
a pesquisa do instituto Datafolha, que já está disponível para Download no site, trouxe poucas alterações no cenário nesta última semana.
Marta - 39%
Alckmin - 24%
Kassab - 16%
Maluf - 7%
Soninha - 3%
As alterações na tabela ficaram todas dentro da margem de erro, que é de 3 pontos percentuais para mais ou para menos, porém, a subida de Kassab e a queda de Maluf deixa o candidato Democrata isoladamente na terceira posição.
Mas tem outros dados curiosos que podemos examinar no relatório da pesquisa. Desta vez, também foram separados os eleitores por Religião e Cor, além da separação por Idade, Região, Escolaridade e Renda Familiar.
Entre os católicos, evangélicos e evangélicos não pentecostais, a situação é a mesma, Marta lidera com folga, seguida por Alckmin e Kassab.
O dado curioso foi a pesquisa entre os espíritas/kardecistas, nesse segmento, Kassab lidera a pesquisa 32%, contra 27% de Alckmin e 23% para Marta.
Horário Eleitoral Rádio e TV
Após 9 dias de exibição do programa político, os eleitores avaliaram também o desempenho da campanha dos candidatos.
Ao contrário do que eu pensei, os eleitores não acharam ruim a propaganda de Alckmin, colocando o tucano com apenas 4% entre os piores programas, Maluf lidera essa lista negra, com 22% dos eleitores considerando sua campanha a pior.
Marta lidera a lista dos que acham que seu programa é o melhor, com 33%, Kassab vem em segundo com 17% e Alckmin em terceiro com 15%.
Avaliação de Kassab e Lula
o prefeito Kassab teve a avaliação recorde de seu mandato, com 44% de bom ou ótimo, e o presidente Lula, na capital paulista, aparece com 49% de aprovação.
A aprovação do prefeito não reflete muito em seu desempenho, já o de Lula, influencia bastante no desempenho da candidata petista, como diz a pesquisa.
Serra também tem a aprovação alta, mas seus eleitores se dividem entre Alckmin, Kassab e um pouco para Marta, fazendo com que o governador influencie menos na decisão de voto.
Marta - 39%
Alckmin - 24%
Kassab - 16%
Maluf - 7%
Soninha - 3%
As alterações na tabela ficaram todas dentro da margem de erro, que é de 3 pontos percentuais para mais ou para menos, porém, a subida de Kassab e a queda de Maluf deixa o candidato Democrata isoladamente na terceira posição.
Mas tem outros dados curiosos que podemos examinar no relatório da pesquisa. Desta vez, também foram separados os eleitores por Religião e Cor, além da separação por Idade, Região, Escolaridade e Renda Familiar.
Entre os católicos, evangélicos e evangélicos não pentecostais, a situação é a mesma, Marta lidera com folga, seguida por Alckmin e Kassab.
O dado curioso foi a pesquisa entre os espíritas/kardecistas, nesse segmento, Kassab lidera a pesquisa 32%, contra 27% de Alckmin e 23% para Marta.
Horário Eleitoral Rádio e TV
Após 9 dias de exibição do programa político, os eleitores avaliaram também o desempenho da campanha dos candidatos.
Ao contrário do que eu pensei, os eleitores não acharam ruim a propaganda de Alckmin, colocando o tucano com apenas 4% entre os piores programas, Maluf lidera essa lista negra, com 22% dos eleitores considerando sua campanha a pior.
Marta lidera a lista dos que acham que seu programa é o melhor, com 33%, Kassab vem em segundo com 17% e Alckmin em terceiro com 15%.
Avaliação de Kassab e Lula
o prefeito Kassab teve a avaliação recorde de seu mandato, com 44% de bom ou ótimo, e o presidente Lula, na capital paulista, aparece com 49% de aprovação.
A aprovação do prefeito não reflete muito em seu desempenho, já o de Lula, influencia bastante no desempenho da candidata petista, como diz a pesquisa.
Serra também tem a aprovação alta, mas seus eleitores se dividem entre Alckmin, Kassab e um pouco para Marta, fazendo com que o governador influencie menos na decisão de voto.
sábado, 30 de agosto de 2008
hoje Ibope, amanhã Datafolha
Saiu hoje a última pesquisa do ibope, realizada entre os dias 26 e 29 de agosto.
Marta 39% ( oscilou na margem de erro )
Alckmin 22% ( caiu 4 pontos percentuais )
Kassab 12% ( subiu 4 pontos )
Maluf 9%
Soninha 3 %
pela avaliação do IBOPE, as minhas previsões quase se concretizaram, não acertei os números na mosca, mas sim a tendência de sobe e desce.
Amanhã será divulgada a pesquisa Datafolha, aí sim, poderei comparar melhor com o último levantamento, da semana passada, e ver o real impacto das campanhas eleitorais no quadro eleitoral.
mantenho minhas apostas.
Nota: o texto foi publicado logo após a meia noite, mas considerem como publicado na sexta-feira, senão o título perde o sentido
Marta 39% ( oscilou na margem de erro )
Alckmin 22% ( caiu 4 pontos percentuais )
Kassab 12% ( subiu 4 pontos )
Maluf 9%
Soninha 3 %
pela avaliação do IBOPE, as minhas previsões quase se concretizaram, não acertei os números na mosca, mas sim a tendência de sobe e desce.
Amanhã será divulgada a pesquisa Datafolha, aí sim, poderei comparar melhor com o último levantamento, da semana passada, e ver o real impacto das campanhas eleitorais no quadro eleitoral.
mantenho minhas apostas.
Nota: o texto foi publicado logo após a meia noite, mas considerem como publicado na sexta-feira, senão o título perde o sentido
texto publicado no blog do Rovai
Com muito orgulho, hoje eu abri a minha caixa de email e tinha uma resposta do Editor Executivo da revista Fórum, Glauco Faria, respondendo positivamente o meu pedido de publicação do texto dos catraieiros ( postado aqui alguns dias atrás ).
Fiquei mais feliz ainda pois o blog do Rovai é um dos que eu acompanho diariamente, e desde que criei este blog, já havia relacionado ele entre os meus favoritos.
A revista Fórum é uma das publicações, que eu considero estar entre as melhores do país.
segue o link:
http://www.revistaforum.com.br/sitefinal/blog/texto_blog.asp?id_artigo=4150
Fiquei mais feliz ainda pois o blog do Rovai é um dos que eu acompanho diariamente, e desde que criei este blog, já havia relacionado ele entre os meus favoritos.
A revista Fórum é uma das publicações, que eu considero estar entre as melhores do país.
segue o link:
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quarta-feira, 27 de agosto de 2008
Apostas
Com mais de uma semana de exibição do horário eleitoral gratuito, é provável que o impacto da mesma altere o cenário das próximas pesquisas eleitorais, mesmo apenas uma semana após o último levantamento do Datafolha.
Vou dar uma de palpiteiro, baseado no que tenho visto e acompanhado nos programas eleitorais da TV e do rádio.
Marta: deve variar muito pouco dentro da margem de erro, provavelmente entre 40% e 42%.
Alckmin: deve cair de 3 a 4 pontos percentuais, seu programa eleitoral é ruim, fraco de idéias, mal produzido, e seus correligionários parecem não estar muito dispostos a cooperar.
Maluf: cai, também dentro da margem de erro, mas deve perder uns 2 ou 3 pontos. O ex-prefeito até agora não apareceu no vídeo para falar diretamente com o público, sua propaganda é uma repetição de números jogados, imagens antigas de outras campanhas, e o mesmo discurso de realizador de grandes obras.
Kassab: vai ganhar bons pontos, tanto da queda de Alckmin quanto da de Maluf. O eleitorado da direita deve confiar que a partir de agora ele é o candidato que mais tem chance de ser o seu representante no segundo turno, principalmente com as campanhas fracas dos adversários diretos, e o alto índice de rejeição de Maluf.
A campanha do prefeito também está muito rica, bem realizada e bem assessorada pela equipe da GW, deve ir para uns 18%, empatando tecnicamente com Alckmim e botando fogo na campanha.
Soninha: a linguagem jovem e direta de sua campanha deve agradar o eleitorado mais jovem, e alguns eleitores da esquerda que não querem votar direto na Marta. Deve subir para uns 3 ou 4%.
Marcadores:
eleições,
Geraldo Alckmin,
Kassab,
Marta Suplicy,
pesquisa
Nova rodada de pesquisas no final de semana
Mal deu tempo para digerir a pesquisa Datafolha anunciada no último sábado, e o instituto já está preparando nova rodada. O Ibope também prepara uma pesquisa para prefeitura de São Paulo que será divulgada no Jornal Nacional de sábado.
Costumo visitar freqüentemente o site do TRE-SP, onde são informadas as pesquisas políticas que estão em andamento.
Para divulgar uma pesquisa na imprensa, o instituto deve primeiro registrá-la no TRE, com o mínimo 5 dias de antecedência, antes mesmo dos pesquisadores irem a campo, por isso em tempos de eleição, sempre é bom conferir as novidades do site.
Outra dica é visitar os sites do Datafolha e do Ibope, após a divulgação das pesquisas, eles disponibilizam o relatório completo para download, assim como a metodologia aplicada. É muito bom para saber o desempenho dos candidatos em cada região, faixa etária, grau de escolaridade e etc.
Antes mesmo de ir procurar no site do TRE, vi essa nota no Blog Entrelinhas, do jornalista Luiz Antônio Magalhães, que reproduzo abaixo.
Candidatos à beira de um ataque de nervos
O site do TRE de São Paulo informa: o fim de semana vai ser agitado para os candidatos à prefeitura de São Paulo. Como se pode ver abaixo pelos registros oficiais das novas pesquisas, Datafolha e Ibope já estão em campo realizando os seus levantamentos, que deverão ser fechados no sábado, dia 29. Ou seja, garantia de emoção no Jornal Nacional de sábado...
Número da Pesquisa: 02100108-SPPE
Data do registro: 25/08/2008
Contratante: Empresa Folha da Manhã S/A
Contratada: Banco de Dados São Paulo Ltda. (Instituto de Pesquisas Datafolha)
Valor: R$ 59.000,00 (cinqüenta e nove mil reais)
Cargo: Prefeito de São Paulo
Período de realização: 29 de agosto de 2008
Número da Pesquisa: 02000108-SPPE
Data do registro: 25/08/2008
Contratante: GLOBO COMUNICAÇÃO E PARTICIPAÇÕES S/A e S/A O ESTADO DE SÃO PAULO
Contratada: IBOPE - Inteligência, Pesquisa e Consultoria Ltda.
Valor: R$ 38.250,00(trinta e oito mil, duzentos e cinqüenta reais)
Cargo: Prefeito de São Paulo - Capital
Período de realização: 26 e 29 de agosto de 2008
Costumo visitar freqüentemente o site do TRE-SP, onde são informadas as pesquisas políticas que estão em andamento.
Para divulgar uma pesquisa na imprensa, o instituto deve primeiro registrá-la no TRE, com o mínimo 5 dias de antecedência, antes mesmo dos pesquisadores irem a campo, por isso em tempos de eleição, sempre é bom conferir as novidades do site.
Outra dica é visitar os sites do Datafolha e do Ibope, após a divulgação das pesquisas, eles disponibilizam o relatório completo para download, assim como a metodologia aplicada. É muito bom para saber o desempenho dos candidatos em cada região, faixa etária, grau de escolaridade e etc.
Antes mesmo de ir procurar no site do TRE, vi essa nota no Blog Entrelinhas, do jornalista Luiz Antônio Magalhães, que reproduzo abaixo.
Candidatos à beira de um ataque de nervos
O site do TRE de São Paulo informa: o fim de semana vai ser agitado para os candidatos à prefeitura de São Paulo. Como se pode ver abaixo pelos registros oficiais das novas pesquisas, Datafolha e Ibope já estão em campo realizando os seus levantamentos, que deverão ser fechados no sábado, dia 29. Ou seja, garantia de emoção no Jornal Nacional de sábado...
Número da Pesquisa: 02100108-SPPE
Data do registro: 25/08/2008
Contratante: Empresa Folha da Manhã S/A
Contratada: Banco de Dados São Paulo Ltda. (Instituto de Pesquisas Datafolha)
Valor: R$ 59.000,00 (cinqüenta e nove mil reais)
Cargo: Prefeito de São Paulo
Período de realização: 29 de agosto de 2008
Número da Pesquisa: 02000108-SPPE
Data do registro: 25/08/2008
Contratante: GLOBO COMUNICAÇÃO E PARTICIPAÇÕES S/A e S/A O ESTADO DE SÃO PAULO
Contratada: IBOPE - Inteligência, Pesquisa e Consultoria Ltda.
Valor: R$ 38.250,00(trinta e oito mil, duzentos e cinqüenta reais)
Cargo: Prefeito de São Paulo - Capital
Período de realização: 26 e 29 de agosto de 2008
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intenção de voto,
pesquisa
domingo, 24 de agosto de 2008
Jacaré abre a boca em São Paulo
A última pesquisa realizada pelo instituto Datafolha, divulgada neste sábado (23), e realizada nos dias 21 e 22 de agosto, confirmou a tendência apresentada pelo último levantamento do Ibope, o crescimento da candidata do PT, Marta Suplicy em relação a Alckmim. No Datafolha, Marta abriu 17 pontos percentuais de vantagem contra Geraldo Alckmin.
Na primeira pesquisa realizada após o início do horário eleitoral gratuito na TV e no Rádio, Marta aparece com 41% das intenções de voto, contra 36% da pesquisa anterior, Geraldo Alckmim cai de 32% para 24%, o prefeito Kassab sobe de 11% para 14%, oscilando dentro da margem de erro de 3 pontos percentuais,empatado com o ex-prefeito Paulo Maluf, que também alterna positivamente, de 8% para 9%, Soninha Francine continua com os 2% da pesquisa anterior.
Nas principais simulações de segundo turno, Marta vence Alckmim por 49% a 44%, Alckmim vence Kassab por 57% a 28% , e Marta bateria Kassab por 55% a 35%.
Veja o vídeo:
O que não foi dito no vídeo, é que se a candidata do PT subir mais 4 pontos percentuais, “tomando” esses pontos de outros candidatos, a disputa estará decidida já no primeiro turno.
Fazendo umas contas rápidas e computando apenas os votos válidos, ou seja, retirando do cenários os votos brancos e nulos, e os indecisos, Marta já aparece com quase 46%, contra 27% de Alckmin, Kassab 16% e Maluf 10%.
Espontânea
A consolidação da liderança de Marta se dá pelo aumento de seu desempenho na pesquisa de voto espontânea, cerca de 30% dos entrevistados disseram que votariam em Marta antes de terem os candidatos apresentados pelo pesquisador, Alckmin tem apenas 14%, e Kassab 10%.
A pesquisa espontânea indica que essa porcentagem de eleitores é praticamente convicta, que está decidida a votar em seu candidato, o que dá à candidata petista um “piso” inicial de 30%.
Aprovação e a rejeição de Kassab
A aprovação do prefeito Gilberto Kassab subiu na última avaliação, o prefeito conta agora com 40% de aprovação da população , mas isso não refletiu nas pesquisas, pois o eleitorado médio considera o prefeito uma pessoa desequilibrada, já dizia uma pesquisa Quali do mesmo instituto..
Os ataques a candidatura de Marta também contribuíram para o aumento da rejeição do prefeito, que agora já ultrapassou até a alta rejeição de Marta, pela primeira vez na disputa.
Por região:
Na zona sul Marta tem 49% contra 22% de Alckmin e 13% de Kassab. Destaque para o crescimento de mais de 10 pontos de Marta nos bairros: Vila Mariana, Ipiranga, Saúde e Jabaquara.
Em toda a Zona leste, reduto histórico do PT, Marta tem 41%, Alckmin 22% e Kassab tem 13%.
O centro, região menos populosa registra um crescimento de 15 pontos nas intenções de voto para Marta, chegando a 38%, passando a frente de Alckmin com 29%, Kassab tem 13%.
Só na zona norte, menos populosa que a sul e a leste, zona norte que já foi um setor de forte implantação do malufismo, Gilberto Kassab consegue recuperar parte importante da queda de Alckmin e registra seu melhor resultado 16%. Marta passa a liderar em toda a zona norte com 36%, seguida de Alckmin com 27%.
Por último, na zona oeste Marta cresceu 5 pontos e atinge 26%, Alckmin lidera com 33% e Kassab 16%.
Martinha paz e amor
Parece que a tática adotada na campanha de Marta, de suavizar sua imagem, ser menos agressiva em suas críticas e no tratamento com jornalistas vem surtindo efeito positivo nas pesquisas, além é claro, de bater na tecla de suas realizações como prefeita da cidade.
Geraldo Alckmin e Gilberto Kassab vão precisar adotar outra tática, pois atacar a líder não está surtindo efeito, o que se pode fazer agora é mudar o tom da campanha ou se atacarem reciprocamente, para brigarem por um lugar no segundo turno, se houver.
Na primeira pesquisa realizada após o início do horário eleitoral gratuito na TV e no Rádio, Marta aparece com 41% das intenções de voto, contra 36% da pesquisa anterior, Geraldo Alckmim cai de 32% para 24%, o prefeito Kassab sobe de 11% para 14%, oscilando dentro da margem de erro de 3 pontos percentuais,empatado com o ex-prefeito Paulo Maluf, que também alterna positivamente, de 8% para 9%, Soninha Francine continua com os 2% da pesquisa anterior.
Nas principais simulações de segundo turno, Marta vence Alckmim por 49% a 44%, Alckmim vence Kassab por 57% a 28% , e Marta bateria Kassab por 55% a 35%.
Veja o vídeo:
O que não foi dito no vídeo, é que se a candidata do PT subir mais 4 pontos percentuais, “tomando” esses pontos de outros candidatos, a disputa estará decidida já no primeiro turno.
Fazendo umas contas rápidas e computando apenas os votos válidos, ou seja, retirando do cenários os votos brancos e nulos, e os indecisos, Marta já aparece com quase 46%, contra 27% de Alckmin, Kassab 16% e Maluf 10%.
Espontânea
A consolidação da liderança de Marta se dá pelo aumento de seu desempenho na pesquisa de voto espontânea, cerca de 30% dos entrevistados disseram que votariam em Marta antes de terem os candidatos apresentados pelo pesquisador, Alckmin tem apenas 14%, e Kassab 10%.
A pesquisa espontânea indica que essa porcentagem de eleitores é praticamente convicta, que está decidida a votar em seu candidato, o que dá à candidata petista um “piso” inicial de 30%.
Aprovação e a rejeição de Kassab
A aprovação do prefeito Gilberto Kassab subiu na última avaliação, o prefeito conta agora com 40% de aprovação da população , mas isso não refletiu nas pesquisas, pois o eleitorado médio considera o prefeito uma pessoa desequilibrada, já dizia uma pesquisa Quali do mesmo instituto..
Os ataques a candidatura de Marta também contribuíram para o aumento da rejeição do prefeito, que agora já ultrapassou até a alta rejeição de Marta, pela primeira vez na disputa.
Por região:
Na zona sul Marta tem 49% contra 22% de Alckmin e 13% de Kassab. Destaque para o crescimento de mais de 10 pontos de Marta nos bairros: Vila Mariana, Ipiranga, Saúde e Jabaquara.
Em toda a Zona leste, reduto histórico do PT, Marta tem 41%, Alckmin 22% e Kassab tem 13%.
O centro, região menos populosa registra um crescimento de 15 pontos nas intenções de voto para Marta, chegando a 38%, passando a frente de Alckmin com 29%, Kassab tem 13%.
Só na zona norte, menos populosa que a sul e a leste, zona norte que já foi um setor de forte implantação do malufismo, Gilberto Kassab consegue recuperar parte importante da queda de Alckmin e registra seu melhor resultado 16%. Marta passa a liderar em toda a zona norte com 36%, seguida de Alckmin com 27%.
Por último, na zona oeste Marta cresceu 5 pontos e atinge 26%, Alckmin lidera com 33% e Kassab 16%.
Martinha paz e amor
Parece que a tática adotada na campanha de Marta, de suavizar sua imagem, ser menos agressiva em suas críticas e no tratamento com jornalistas vem surtindo efeito positivo nas pesquisas, além é claro, de bater na tecla de suas realizações como prefeita da cidade.
Geraldo Alckmin e Gilberto Kassab vão precisar adotar outra tática, pois atacar a líder não está surtindo efeito, o que se pode fazer agora é mudar o tom da campanha ou se atacarem reciprocamente, para brigarem por um lugar no segundo turno, se houver.
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intenção de voto,
Kassab,
Marta Suplicy,
pesquisa
segunda-feira, 18 de agosto de 2008
Catraieiros: o caminho mais curto para um sonho
Eles levam os brasileiros desacreditados em busca de uma vida melhor em uma terra pouco conhecida, mas cheia de esperança
Diariamente, muitos brasileiros tentam mudar de vida e tentar a sorte morando no exterior, eles tentam entrar em países da Europa ou da América do Norte com o sonho de trabalhar, receber em moeda forte e poder usufruir da estrutura de um país de primeiro mundo.
A França é um dos destinos mais procurados pelos brasileiros, que além de tentarem entrar pelo território europeu, os imigrantes têm uma opção mais próxima, aqui mesmo na América do Sul, a Guiana Francesa.
Fazendo divisa com o estado do Amapá, o território ultramarino da França e o Brasil são separados pelo Rio Oiapoque, e a travessia é feita em 15 minutos de barco entre a cidade brasileira com o mesmo nome do rio e a cidade francesa de Saint George.
Além da diferença do idioma e cultura, a diferença econômica também é evidente, ao contrário da cidade brasileira, Saint George é toda asfaltada, limpa, saneada e organizada, enfim, uma cidade bem agradável cheia de casinhas coloridas. A entrada lá é feita sem maiores problemas, mas a travessia e o ingresso dos imigrantes ilegais não são tão simples assim.
Atraídos pelo Euro, e pelo Ouro, os principais destinos dos brasileiros na Guiana Francesa são os garimpos do interior e a capital Cayena, onde se pode conseguir empregos informais com certa facilidade, e usufruir da infra-estrutura de primeiro mundo e do bom sistema público francês de saúde e educação: “aqui levo uma vida bem melhor do que em Macapá, recebo em Euro, meu filho estuda em escola de qualidade e os hospitais são bons e de graça” diz a imigrante agora legal, Márcia Leão, há 15 anos no país.
Para chegar até Cayena de forma clandestina, a travessia é feita por barcos, ou catraias, um tipo de embarcação de madeira com capacidade para 20 ou 30 pessoas com motor de 40 HP, movido a gasolina. Os catraieiros cobram entre 400 e 500 Reais para fazer a travessia, sem garantia de êxito, e também sem a mínima segurança, faltando até coletes de salva-vidas para os passageiros.
A viagem começa na cidade do Oiapoque, norte do Amapá, onde os viajantes se reúnem no final da tarde no porto. Embarcados nas catraias eles partem pelo rio Oiapoque, entram no oceano Atlântico, passando pelo cabo Orange, e chegam ao seu destino, nas praias periféricas da capital Guianense.
Dependendo das condições do mar e da fiscalização francesa, a viagem chega a durar até 3 noites, sim, as viagem são sempre feitas a noite, pois durante o dia as catraias são facilmente avistadas e podem ser afundadas pela guarda costeira francesa, que prendem os imigrantes e os deportam para o Brasil. Mas os catraieiros conhecem bem a região e os locais das patrulhas de fronteira, quando o perigo se aproxima, eles levam as pessoas até um ponto qualquer da mata, de noite, e muitas vezes as deixam escondidas com água pela cintura. As pessoas ficam ali, segurando uma sacola com os poucos pertences sobre a cabeça, até terem certeza de que não há policiais para poderem continuar a viagem.
Uma das paradas costuma ser feita na ilha Larjan – ilha dinheiro, em francês-, já em território francês, para descanso e espera dá próxima noite. “Ficamos um dia inteiro escondidos nessa ilha, muitos passageiros ficaram doentes, quando eu fiz a travessia, tinha até mulher grávida conosco. Não comemos nada o dia inteiro, só bebíamos cachaça, o dia inteiro, era o que tínhamos para nos alimentar” conta o vendedor de carros Gilberto Petronilho, que fez a travessia há 9 anos.
Se tudo der certo, a viagem continua na segunda noite, com chegada em uma praia próxima de Cayena perto das 6 horas da manhã. Já na praia, outro grupo de atravessadores espera os imigrantes, e com os pés na areia, começam a correr muito para fugir rápido dali e de uma possível prisão. Os atravessadores locais levam as pessoas para dentro da mata, onde seguem viagem por trilhas, porém, no desespero da chegada muitas pessoas se perdem no caminho, se cansam e ficam sozinhas na mata.
Gilberto Petronilho, que atualmente mora nos Estados Unidos, foi um dos brasileiros que fizeram essa viagem, e se arrependeu: “grande idiotice, primeiro enfrentei uma viagem de ônibus no meio da floresta a durante noite inteira, entre Macapá e Oiapoque, depois fizemos a travessia de barco que durou 3 noites ate chegar lá. As ondas de uns 10 metros de altura enchiam o barco o tempo inteiro, estávamos sem segurança nenhuma, fiquei com muito medo de morrer. Depois de tudo isso, ainda tive muitos problemas para chegar no garimpo, que também não era nada do que me falaram, 1 mês depois me entreguei para Legião estrangeira para ser deportado para o Brasil. Guiana nunca mais” conta.
Petronilho explica o motivo de sua emigração: “Em Manaus conheci um sujeito com um imenso cordão de ouro no pescoço, ele me disse que havia conseguido nos garimpos da Guiana Francesa, perguntei a ele como funcionava, e ele me contou que nos garimpos, os patrões pagavam 400 gramas de ouro por mês, mas a comida e a moradia. Fiquei com essa idéia fixa e fui pra lá”
Mas muitas histórias com finais melhores também são escritas na Guiana, desde a década de 60, quando o governo francês estimulou a ida de brasileiros para trabalhar na construção da base espacial de Kourou – onde são realizados testes com foguetes espaciais franceses -, muitos imigrantes se estabeleceram, casaram, constituíram uma vida e estão lá até hoje, estimativas do governo brasileiro apontam que mais de 50 mil brasileiros vivem legalizados no país vizinho.
O deputado estadual Paulo José (PSDC), integrante da Comissão de Relações Exteriores do Amapá, diz que a imigração, mesmo a ilegal, gera recursos investidos no estado pelas famílias de imigrantes, que enviam parte do que ganham, porém, os problemas sociais trazem prejuízos muito maiores. “O fluxo migratório tem estimulado a prostituição, o tráfico de drogas e a infecção por doenças graves”, contou o deputado.
O deputado também critica a postura do Itamaraty, que considera que a diplomacia brasileira não tem agido de forma para coibir ou diminuir os problemas da imigração: “Posso afiançar que o Itamaraty tem virado as costas para o problema da migração Amapá-Guiana Francesa. Não há ação efetiva que possa coibir ou ao menos minimizar o problema dos brasileiros, que além da humilhação que sofrem, muitas garotas são aliciadas para se prostituírem em Caiena e locais próximos dos garimpos” conta.
Em fevereiro deste ano, os presidentes Lula e Nickolas Sarkozy se encontraram na região para lançarem a pedra fundamental da ponte sobre o Rio Oiapoque de 400 metros de extensão que ligará os dois países e custará 20 milhões de dólares. A construção desta ponte não diminuirá o fluxo de imigrantes ilegais para Guiana, como podem imaginar, apenas será um meio de transporte de mercadorias, e turistas ou moradores que trabalham legalmente do outro lado do rio, pois com certeza a parte francesa da nova ponte será muito bem vigiada.
Os barqueiros que fazem diariamente o transporte entre as duas cidades serão gravemente afetados, segundo o presidente da Associação dos catraieiros, Luiz Antônio Lobato Silva, o movimento pode cair até 70%, restringindo o uso dos barcos apenas para turismo. Faltou dizer que os barqueiros que fazem o papel de Coiotes continuarão com bastante trabalho, pelo menos para os próximos anos ou enquanto o cenário econômico mundial não mudar.
Por Allan Ravagnani
Foto: Bruno Huberman
Porto em Oiapoque - de onde saem as embarcações
Foto: Bruno Huberman
Rio Oiapoque - lado brasileiro
Foto: Luana Lila
Embarcação utilizada nas travessias
Foto: Bruno Huberman
Chegada à cidade de Saint George - Guiana Francesa
Diariamente, muitos brasileiros tentam mudar de vida e tentar a sorte morando no exterior, eles tentam entrar em países da Europa ou da América do Norte com o sonho de trabalhar, receber em moeda forte e poder usufruir da estrutura de um país de primeiro mundo.
A França é um dos destinos mais procurados pelos brasileiros, que além de tentarem entrar pelo território europeu, os imigrantes têm uma opção mais próxima, aqui mesmo na América do Sul, a Guiana Francesa.
Fazendo divisa com o estado do Amapá, o território ultramarino da França e o Brasil são separados pelo Rio Oiapoque, e a travessia é feita em 15 minutos de barco entre a cidade brasileira com o mesmo nome do rio e a cidade francesa de Saint George.
Além da diferença do idioma e cultura, a diferença econômica também é evidente, ao contrário da cidade brasileira, Saint George é toda asfaltada, limpa, saneada e organizada, enfim, uma cidade bem agradável cheia de casinhas coloridas. A entrada lá é feita sem maiores problemas, mas a travessia e o ingresso dos imigrantes ilegais não são tão simples assim.
Atraídos pelo Euro, e pelo Ouro, os principais destinos dos brasileiros na Guiana Francesa são os garimpos do interior e a capital Cayena, onde se pode conseguir empregos informais com certa facilidade, e usufruir da infra-estrutura de primeiro mundo e do bom sistema público francês de saúde e educação: “aqui levo uma vida bem melhor do que em Macapá, recebo em Euro, meu filho estuda em escola de qualidade e os hospitais são bons e de graça” diz a imigrante agora legal, Márcia Leão, há 15 anos no país.
Para chegar até Cayena de forma clandestina, a travessia é feita por barcos, ou catraias, um tipo de embarcação de madeira com capacidade para 20 ou 30 pessoas com motor de 40 HP, movido a gasolina. Os catraieiros cobram entre 400 e 500 Reais para fazer a travessia, sem garantia de êxito, e também sem a mínima segurança, faltando até coletes de salva-vidas para os passageiros.
A viagem começa na cidade do Oiapoque, norte do Amapá, onde os viajantes se reúnem no final da tarde no porto. Embarcados nas catraias eles partem pelo rio Oiapoque, entram no oceano Atlântico, passando pelo cabo Orange, e chegam ao seu destino, nas praias periféricas da capital Guianense.
Dependendo das condições do mar e da fiscalização francesa, a viagem chega a durar até 3 noites, sim, as viagem são sempre feitas a noite, pois durante o dia as catraias são facilmente avistadas e podem ser afundadas pela guarda costeira francesa, que prendem os imigrantes e os deportam para o Brasil. Mas os catraieiros conhecem bem a região e os locais das patrulhas de fronteira, quando o perigo se aproxima, eles levam as pessoas até um ponto qualquer da mata, de noite, e muitas vezes as deixam escondidas com água pela cintura. As pessoas ficam ali, segurando uma sacola com os poucos pertences sobre a cabeça, até terem certeza de que não há policiais para poderem continuar a viagem.
Uma das paradas costuma ser feita na ilha Larjan – ilha dinheiro, em francês-, já em território francês, para descanso e espera dá próxima noite. “Ficamos um dia inteiro escondidos nessa ilha, muitos passageiros ficaram doentes, quando eu fiz a travessia, tinha até mulher grávida conosco. Não comemos nada o dia inteiro, só bebíamos cachaça, o dia inteiro, era o que tínhamos para nos alimentar” conta o vendedor de carros Gilberto Petronilho, que fez a travessia há 9 anos.
Se tudo der certo, a viagem continua na segunda noite, com chegada em uma praia próxima de Cayena perto das 6 horas da manhã. Já na praia, outro grupo de atravessadores espera os imigrantes, e com os pés na areia, começam a correr muito para fugir rápido dali e de uma possível prisão. Os atravessadores locais levam as pessoas para dentro da mata, onde seguem viagem por trilhas, porém, no desespero da chegada muitas pessoas se perdem no caminho, se cansam e ficam sozinhas na mata.
Gilberto Petronilho, que atualmente mora nos Estados Unidos, foi um dos brasileiros que fizeram essa viagem, e se arrependeu: “grande idiotice, primeiro enfrentei uma viagem de ônibus no meio da floresta a durante noite inteira, entre Macapá e Oiapoque, depois fizemos a travessia de barco que durou 3 noites ate chegar lá. As ondas de uns 10 metros de altura enchiam o barco o tempo inteiro, estávamos sem segurança nenhuma, fiquei com muito medo de morrer. Depois de tudo isso, ainda tive muitos problemas para chegar no garimpo, que também não era nada do que me falaram, 1 mês depois me entreguei para Legião estrangeira para ser deportado para o Brasil. Guiana nunca mais” conta.
Petronilho explica o motivo de sua emigração: “Em Manaus conheci um sujeito com um imenso cordão de ouro no pescoço, ele me disse que havia conseguido nos garimpos da Guiana Francesa, perguntei a ele como funcionava, e ele me contou que nos garimpos, os patrões pagavam 400 gramas de ouro por mês, mas a comida e a moradia. Fiquei com essa idéia fixa e fui pra lá”
Mas muitas histórias com finais melhores também são escritas na Guiana, desde a década de 60, quando o governo francês estimulou a ida de brasileiros para trabalhar na construção da base espacial de Kourou – onde são realizados testes com foguetes espaciais franceses -, muitos imigrantes se estabeleceram, casaram, constituíram uma vida e estão lá até hoje, estimativas do governo brasileiro apontam que mais de 50 mil brasileiros vivem legalizados no país vizinho.
O deputado estadual Paulo José (PSDC), integrante da Comissão de Relações Exteriores do Amapá, diz que a imigração, mesmo a ilegal, gera recursos investidos no estado pelas famílias de imigrantes, que enviam parte do que ganham, porém, os problemas sociais trazem prejuízos muito maiores. “O fluxo migratório tem estimulado a prostituição, o tráfico de drogas e a infecção por doenças graves”, contou o deputado.
O deputado também critica a postura do Itamaraty, que considera que a diplomacia brasileira não tem agido de forma para coibir ou diminuir os problemas da imigração: “Posso afiançar que o Itamaraty tem virado as costas para o problema da migração Amapá-Guiana Francesa. Não há ação efetiva que possa coibir ou ao menos minimizar o problema dos brasileiros, que além da humilhação que sofrem, muitas garotas são aliciadas para se prostituírem em Caiena e locais próximos dos garimpos” conta.
Em fevereiro deste ano, os presidentes Lula e Nickolas Sarkozy se encontraram na região para lançarem a pedra fundamental da ponte sobre o Rio Oiapoque de 400 metros de extensão que ligará os dois países e custará 20 milhões de dólares. A construção desta ponte não diminuirá o fluxo de imigrantes ilegais para Guiana, como podem imaginar, apenas será um meio de transporte de mercadorias, e turistas ou moradores que trabalham legalmente do outro lado do rio, pois com certeza a parte francesa da nova ponte será muito bem vigiada.
Os barqueiros que fazem diariamente o transporte entre as duas cidades serão gravemente afetados, segundo o presidente da Associação dos catraieiros, Luiz Antônio Lobato Silva, o movimento pode cair até 70%, restringindo o uso dos barcos apenas para turismo. Faltou dizer que os barqueiros que fazem o papel de Coiotes continuarão com bastante trabalho, pelo menos para os próximos anos ou enquanto o cenário econômico mundial não mudar.
Por Allan Ravagnani
Foto: Bruno Huberman
Porto em Oiapoque - de onde saem as embarcações
Foto: Bruno Huberman
Rio Oiapoque - lado brasileiro
Foto: Luana Lila
Embarcação utilizada nas travessias
Foto: Bruno Huberman
Chegada à cidade de Saint George - Guiana Francesa
BLUETOOTH: Como a publicidade está utilizando esse recurso para impactar os clientes
BLUETOOTH
Como a publicidade está utilizando esse recurso para impactar os clientes
Imagine você no estádio de futebol torcendo por seu time de coração quando a vontade de ir ao banheiro aperta, e no momento em que você está fora da arquibancada seu time marca um gol. Certamente as lamentações serão muitas e o arrependimento maior ainda. E se poucos minutos depois você recebesse uma mensagem em seu celular via bluetooth com o replay em vídeo da jogada que acabou de perder? Isso já é possível, inclusive alguns estádios brasileiros já estão implantando esta tecnologia.
Além do exemplo do estádio de futebol, o Bluetooth está servindo de instrumento de marketing em muitas outras áreas, como shopping centers, danceterias, shows, festas, e qualquer tipo de evento ou local com grande quantidade de pessoas.
Na cidade de São Paulo, com a “lei cidade limpa” implantada em 2007, mídias externas foram restringidas de maneira radical, fazendo com que a publicidade seja mais atuante em ambientes internos, com ações de merchandising, publicidade dirigida e segmentada. O exemplo de São Paulo pode passar a ser copiado por outras cidades do país, e causar uma tendência de acabar com as publicidades externas.
Pensando nessas dificuldades que empresas especializadas em publicidade para telefonia celular estão entrando no mercado para transformar este meio, ainda pouco explorado, em uma oportunidade para os empresários se comunicarem com seu público-alvo.
Impactando o cliente
No final de 2007 o Brasil contava com mais de 120 milhões de aparelhos de telefone celular, e cerca de 1/3 deles já tinham a tecnologia Bluetooth, porém a proporção cresce a cada dia, uma vez que todos os celulares novos contém Bluetooth, e em cada 2 anos se troca praticamente toda a base de aparelhos.
Cerca de 85% de todas as decisões de compra de algum produto são tomadas no ponto-de-venda, e apenas 15% são planejadas. Com esse número em mãos, empresários e agências de publicidade podem utilizar o telefone celular para enviar promoções e impactar o consumidor dentro do próprio ambiente de negócios, podendo aumentar suas vendas e lucros.
Além de provocar compras por impulso, o sistema também interage com o público, oferecendo benefícios associados ao local de instalação, também pode reforçar o valor de uma marca no ponto-de-venda.
Como Funciona:
No local de cobertura, é colocada uma mensagem em forma de placa ou painel, pedindo ao usuário que habilite o bluetooth em seu celular, uma vez ligado, o usuário recebe uma mensagem perguntando se deseja receber uma promoção de uma marca X, caso aceite, o usuário recebe a mídia, que poderá ser enviada em forma de texto, vídeo ou imagem com a propaganda ou promoção do cliente.
Empresário do setor de Mobile Marketing, Felipe Rigolizzo, diz que a mídia é excelente, pois o índice de leitura das mensagens é alto, além do grande tempo de permanência da mensagem na memória do celular, deixando o anúncio com o receptor por mais tempo.
Rigolizzo explica alguns benefícios de adotar o bluetooth como mídia: “uma vez que o cliente é beneficiado e recebe regalias ao ativar o seu bluetooth, poderá virar uma mania, moda, quem não tiver o celular moderno, com esta tecnologia, vai querer se atualizar e participar desta nova moda. As pessoas mostram aos amigos o vídeo que receberam, comentam que foram bem tratados nas lojas e conferiram as novidades do local. Além do cliente não apagar a mensagem se não tiver vontade, deixando-a armazenada por tempo indeterminado, fazendo o anunciante ficar dentro do celular do seu público-alvo”.
Privacidade
Uma dúvida pertinente que os anunciantes costumam ter é se as campanhas não podem se tornar inconvenientes, como os Spams que recebemos por e-mail, uma vez que o telefone celular é um aparelho de pessoal, e as mensagens são enviadas sem permissão.
Neste caso, os empresários se defendem dizendo que a tecnologia não é invasiva, pois é solicitada permissão ao dono do aparelho para o envio de mensagens.
Todos os aparelhos localizados na rede recebem uma solicitação de mensagem, se ele a recusa, não será mais abordado em nenhum momento por aquela campanha. No caso de outra campanha, o mesmo usuário só será abordado em, no mínimo, uma semana.
Os empresários garantem que o mesmo usuário não será abordado duas vezes pela mesma campanha em menos de 24 horas, e também que não será abordado pelo mesmo conteúdo mais de três vezes.
Esta é a garantia que os empresários de Mobile Marketing dão de não tornar chato ou inconveniente este método de comunicação.
Cases de sucesso:
Esse tipo de comunicação já esteve presente no festival Quilmes Rock, evento musical mais importante de Buenos Aires, onde uma empresa de mobile marketing fez suas promoções via bluetooth, e o resultado foi acima do esperado pelos organizadores.
Na entrada da arena do show, era comunicado às pessoas que ativassem o dispositivo bluetooth de seus aparelhos celulares, após ligado, uma mensagem era enviada pedindo para o cliente passar em algum estande dentro da arena para retirar seu brinde, e ao chegarem no local, as empresas puderam fazer promoções com os clientes in loco.
Outro cliente que também está utilizando com sucesso esta modalidade é o Hard Rock Cafe, em São Francisco, Estados Unidos, onde vem desde o final do ano passado fazendo uma campanha de bluetooth marketing com a intenção de “arrastar” os visitantes do Pier 39 para o seu restaurante.
Quem passar pelo local e estiver com o bluetooth ativado poderá optar por receber conteúdo do Hard Rock Cafe. Que além de um mobile video, as pessoas receberão mobile cupons de descontos no restaurante mais famoso e badalado da cidade.
Instalação do produto:
Um servidor e um equipamento disparador de mensagens são alocados em um local não visível ao público, dentro das dependências do cliente, onde deve contar com energia elétrica 110 ou 220 volts, o equipamento pode ser conectado aos servidores de três maneiras: rede ethernet, wi-fi ou GPRS. Uma antena é posicionada de maneira para se “iluminar” a maior área possível, atingindo o maior número de clientes no raio de ação do produto.
As empresas de mobile marketing costumam disponibilizar os equipamentos em forma de aluguel aos clientes, ou dependendo do caso, as vezes até gratuitamente, recebendo apenas o valor combinado por mensagens disparadas. Este é um dos diferenciais que as empresas estão utilizando para atrair mais clientes.
Projeções para o futuro:
O sistema tem altíssimo potencial de uso, mas ainda engatinha no Brasil, muito por desconfiança dos anunciantes e por falta de algumas tecnologias que asseguram mais confiança ao cliente e ao usuário.
Para resolver estas deficiências as empresas já trabalham no desenvolvimento de novas plataformas e programas para otimização do serviço, como a identificação do perfil do usuário de cada número de telefone celular, para poder mandar mensagens mais personalizadas aos clientes, gerando um rico banco de dados, e uma segmentação cada vez mais específica, fazendo com que os clientes conheçam a fundo seus usuários, clientes e receptores das mensagens.
Outro método que está nas mesas dos desenvolvedores é o sistema de cobrança por impacto, fazendo com que o cliente (ponto-de-venda) pague à empresa de Móbile Marketing cada vez que um cliente faça uma compra incentivado pela campanha. Isso da maior feedback se for utilizado em forma de promoções valendo brindes ou bons descontos, quando o usuário apresenta o celular na hora de pagar. Pelo sistema de cobrança por impacto, o cliente vai evitar gastar dinheiro com quem não interessa e vai gerar muito mais lucro para as empresas Mobile e seus parceiros.
Com a evolução dos aparelhos e da velocidade de transferência de dados, em breve as transmissões serão mais rápidas, e a capacidade de armazenamento dos aparelhos será maior, fazendo com que o departamento de criação das agências criem vídeos publicitários específicos para mídia móvel, para a telinha do celular, e não somente isso.
A mídia considerada a mais interativa poderá criar jogos ou sistemas de navegação específicos para cada cliente, cada loja e cada evento, gerando mais empregos nos ramos de tecnologia, publicidade, vendas, etc. criando um ciclo virtuoso na economia dos setores beneficiados.
BOX
Dente azul?!
O nome Bluetooth é uma homenagem ao rei da Dinamarca e Noruega Harald Blåtand - em inglês Harold Bluetooth (traduzido como dente azul, embora em dinamarquês signifique de pele escura). Blåtand foi conhecido por unificar as tribos norueguesas, suecas e dinamarquesas. Da mesma forma, o protocolo procura unir diferentes tecnologias, como telefones móveis e computadores.
O logotipo do Bluetooth é a união das runas nórdicas Hagall e Berkanan correspondentes às letras H e B no alfabeto latino.
Por Allan Ravagnani
Escrito em Maio de 2008
Matéria para revista Mobile World
Como a publicidade está utilizando esse recurso para impactar os clientes
Imagine você no estádio de futebol torcendo por seu time de coração quando a vontade de ir ao banheiro aperta, e no momento em que você está fora da arquibancada seu time marca um gol. Certamente as lamentações serão muitas e o arrependimento maior ainda. E se poucos minutos depois você recebesse uma mensagem em seu celular via bluetooth com o replay em vídeo da jogada que acabou de perder? Isso já é possível, inclusive alguns estádios brasileiros já estão implantando esta tecnologia.
Além do exemplo do estádio de futebol, o Bluetooth está servindo de instrumento de marketing em muitas outras áreas, como shopping centers, danceterias, shows, festas, e qualquer tipo de evento ou local com grande quantidade de pessoas.
Na cidade de São Paulo, com a “lei cidade limpa” implantada em 2007, mídias externas foram restringidas de maneira radical, fazendo com que a publicidade seja mais atuante em ambientes internos, com ações de merchandising, publicidade dirigida e segmentada. O exemplo de São Paulo pode passar a ser copiado por outras cidades do país, e causar uma tendência de acabar com as publicidades externas.
Pensando nessas dificuldades que empresas especializadas em publicidade para telefonia celular estão entrando no mercado para transformar este meio, ainda pouco explorado, em uma oportunidade para os empresários se comunicarem com seu público-alvo.
Impactando o cliente
No final de 2007 o Brasil contava com mais de 120 milhões de aparelhos de telefone celular, e cerca de 1/3 deles já tinham a tecnologia Bluetooth, porém a proporção cresce a cada dia, uma vez que todos os celulares novos contém Bluetooth, e em cada 2 anos se troca praticamente toda a base de aparelhos.
Cerca de 85% de todas as decisões de compra de algum produto são tomadas no ponto-de-venda, e apenas 15% são planejadas. Com esse número em mãos, empresários e agências de publicidade podem utilizar o telefone celular para enviar promoções e impactar o consumidor dentro do próprio ambiente de negócios, podendo aumentar suas vendas e lucros.
Além de provocar compras por impulso, o sistema também interage com o público, oferecendo benefícios associados ao local de instalação, também pode reforçar o valor de uma marca no ponto-de-venda.
Como Funciona:
No local de cobertura, é colocada uma mensagem em forma de placa ou painel, pedindo ao usuário que habilite o bluetooth em seu celular, uma vez ligado, o usuário recebe uma mensagem perguntando se deseja receber uma promoção de uma marca X, caso aceite, o usuário recebe a mídia, que poderá ser enviada em forma de texto, vídeo ou imagem com a propaganda ou promoção do cliente.
Empresário do setor de Mobile Marketing, Felipe Rigolizzo, diz que a mídia é excelente, pois o índice de leitura das mensagens é alto, além do grande tempo de permanência da mensagem na memória do celular, deixando o anúncio com o receptor por mais tempo.
Rigolizzo explica alguns benefícios de adotar o bluetooth como mídia: “uma vez que o cliente é beneficiado e recebe regalias ao ativar o seu bluetooth, poderá virar uma mania, moda, quem não tiver o celular moderno, com esta tecnologia, vai querer se atualizar e participar desta nova moda. As pessoas mostram aos amigos o vídeo que receberam, comentam que foram bem tratados nas lojas e conferiram as novidades do local. Além do cliente não apagar a mensagem se não tiver vontade, deixando-a armazenada por tempo indeterminado, fazendo o anunciante ficar dentro do celular do seu público-alvo”.
Privacidade
Uma dúvida pertinente que os anunciantes costumam ter é se as campanhas não podem se tornar inconvenientes, como os Spams que recebemos por e-mail, uma vez que o telefone celular é um aparelho de pessoal, e as mensagens são enviadas sem permissão.
Neste caso, os empresários se defendem dizendo que a tecnologia não é invasiva, pois é solicitada permissão ao dono do aparelho para o envio de mensagens.
Todos os aparelhos localizados na rede recebem uma solicitação de mensagem, se ele a recusa, não será mais abordado em nenhum momento por aquela campanha. No caso de outra campanha, o mesmo usuário só será abordado em, no mínimo, uma semana.
Os empresários garantem que o mesmo usuário não será abordado duas vezes pela mesma campanha em menos de 24 horas, e também que não será abordado pelo mesmo conteúdo mais de três vezes.
Esta é a garantia que os empresários de Mobile Marketing dão de não tornar chato ou inconveniente este método de comunicação.
Cases de sucesso:
Esse tipo de comunicação já esteve presente no festival Quilmes Rock, evento musical mais importante de Buenos Aires, onde uma empresa de mobile marketing fez suas promoções via bluetooth, e o resultado foi acima do esperado pelos organizadores.
Na entrada da arena do show, era comunicado às pessoas que ativassem o dispositivo bluetooth de seus aparelhos celulares, após ligado, uma mensagem era enviada pedindo para o cliente passar em algum estande dentro da arena para retirar seu brinde, e ao chegarem no local, as empresas puderam fazer promoções com os clientes in loco.
Outro cliente que também está utilizando com sucesso esta modalidade é o Hard Rock Cafe, em São Francisco, Estados Unidos, onde vem desde o final do ano passado fazendo uma campanha de bluetooth marketing com a intenção de “arrastar” os visitantes do Pier 39 para o seu restaurante.
Quem passar pelo local e estiver com o bluetooth ativado poderá optar por receber conteúdo do Hard Rock Cafe. Que além de um mobile video, as pessoas receberão mobile cupons de descontos no restaurante mais famoso e badalado da cidade.
Instalação do produto:
Um servidor e um equipamento disparador de mensagens são alocados em um local não visível ao público, dentro das dependências do cliente, onde deve contar com energia elétrica 110 ou 220 volts, o equipamento pode ser conectado aos servidores de três maneiras: rede ethernet, wi-fi ou GPRS. Uma antena é posicionada de maneira para se “iluminar” a maior área possível, atingindo o maior número de clientes no raio de ação do produto.
As empresas de mobile marketing costumam disponibilizar os equipamentos em forma de aluguel aos clientes, ou dependendo do caso, as vezes até gratuitamente, recebendo apenas o valor combinado por mensagens disparadas. Este é um dos diferenciais que as empresas estão utilizando para atrair mais clientes.
Projeções para o futuro:
O sistema tem altíssimo potencial de uso, mas ainda engatinha no Brasil, muito por desconfiança dos anunciantes e por falta de algumas tecnologias que asseguram mais confiança ao cliente e ao usuário.
Para resolver estas deficiências as empresas já trabalham no desenvolvimento de novas plataformas e programas para otimização do serviço, como a identificação do perfil do usuário de cada número de telefone celular, para poder mandar mensagens mais personalizadas aos clientes, gerando um rico banco de dados, e uma segmentação cada vez mais específica, fazendo com que os clientes conheçam a fundo seus usuários, clientes e receptores das mensagens.
Outro método que está nas mesas dos desenvolvedores é o sistema de cobrança por impacto, fazendo com que o cliente (ponto-de-venda) pague à empresa de Móbile Marketing cada vez que um cliente faça uma compra incentivado pela campanha. Isso da maior feedback se for utilizado em forma de promoções valendo brindes ou bons descontos, quando o usuário apresenta o celular na hora de pagar. Pelo sistema de cobrança por impacto, o cliente vai evitar gastar dinheiro com quem não interessa e vai gerar muito mais lucro para as empresas Mobile e seus parceiros.
Com a evolução dos aparelhos e da velocidade de transferência de dados, em breve as transmissões serão mais rápidas, e a capacidade de armazenamento dos aparelhos será maior, fazendo com que o departamento de criação das agências criem vídeos publicitários específicos para mídia móvel, para a telinha do celular, e não somente isso.
A mídia considerada a mais interativa poderá criar jogos ou sistemas de navegação específicos para cada cliente, cada loja e cada evento, gerando mais empregos nos ramos de tecnologia, publicidade, vendas, etc. criando um ciclo virtuoso na economia dos setores beneficiados.
BOX
Dente azul?!
O nome Bluetooth é uma homenagem ao rei da Dinamarca e Noruega Harald Blåtand - em inglês Harold Bluetooth (traduzido como dente azul, embora em dinamarquês signifique de pele escura). Blåtand foi conhecido por unificar as tribos norueguesas, suecas e dinamarquesas. Da mesma forma, o protocolo procura unir diferentes tecnologias, como telefones móveis e computadores.
O logotipo do Bluetooth é a união das runas nórdicas Hagall e Berkanan correspondentes às letras H e B no alfabeto latino.
Por Allan Ravagnani
Escrito em Maio de 2008
Matéria para revista Mobile World
sábado, 12 de julho de 2008
Brizola responde à Rede Globo
Este vídeo é de 1994, quando Leonel Brizola ganhou na justiça o direito de resposta no Jornal Nacional, contra acusações proferidas contra ele pela Rede Globo, que o havia chamado de senil.
É sensacional ver o Cid Moreira lendo um texto que esculacha as organizações Globo em pleno horário nobre.
Leonel Brizola travou diversas brigas com a Rede Globo, mas a disputa se acirrou após as eleições para o Governo do Rio em 1982, quando ocorreu o escândalo da Proconsult.
Brizola dizia que era perseguido pela emissora, e que a mesma era uma empresa manipuladora, contra os interesses do povo entre outras coisas... Assista !
É sensacional ver o Cid Moreira lendo um texto que esculacha as organizações Globo em pleno horário nobre.
Leonel Brizola travou diversas brigas com a Rede Globo, mas a disputa se acirrou após as eleições para o Governo do Rio em 1982, quando ocorreu o escândalo da Proconsult.
Brizola dizia que era perseguido pela emissora, e que a mesma era uma empresa manipuladora, contra os interesses do povo entre outras coisas... Assista !
Pato Donald anti-nazista
O vídeo é de 1942, da propaganda neo-liberal dos Estados Unidos contra no nazi-fascismo alemão.
O filme foi vetado após 1945 pois já não era mais necessário falar de guerra.
É interessante ver como a indústria de entrenimento também se engajou no combate, mesmo com desenhos infantis.
O filme foi vetado após 1945 pois já não era mais necessário falar de guerra.
É interessante ver como a indústria de entrenimento também se engajou no combate, mesmo com desenhos infantis.
A parabólica do Ricúpero
Recordar é viver...
No ano eleitoral de 1994, o então ministro da fazenda Rubens Ricúpero daria uma entrevista ao jornalista Carlos Monforte da Rede Globo, porém antes de começar a gravação eles travam um bate papo informal e bem humorado, com o ministro muito "solto" e com a lingua afiada ...
O que eles não contavam, é que enquanto a equipe técnica fazia a sincronia do sinal, algumas pessoas com antena parabólica captaram o sinal por UHF e todo o bate papo foi pro ar.
O desfecho da situação foi apenas a demissão do ministro da fazenda. A campanha de FHC não teve maiores problemas, o Brasil estava empolgado com o Plano Real, e a população estava disposta a eleger o candidato que daria continuidade ao plano econômico.
Imperdível.
Parte 1
Parte 2
No ano eleitoral de 1994, o então ministro da fazenda Rubens Ricúpero daria uma entrevista ao jornalista Carlos Monforte da Rede Globo, porém antes de começar a gravação eles travam um bate papo informal e bem humorado, com o ministro muito "solto" e com a lingua afiada ...
O que eles não contavam, é que enquanto a equipe técnica fazia a sincronia do sinal, algumas pessoas com antena parabólica captaram o sinal por UHF e todo o bate papo foi pro ar.
O desfecho da situação foi apenas a demissão do ministro da fazenda. A campanha de FHC não teve maiores problemas, o Brasil estava empolgado com o Plano Real, e a população estava disposta a eleger o candidato que daria continuidade ao plano econômico.
Imperdível.
Parte 1
Parte 2
MinC vai propor mudanças na Lei Rouanet
O Ministério da Cultura (MinC) irá propor, dentro de 15 dias, um pacote de alterações na Lei de Incentivo à Cultura (Lei Rouanet), visando melhorar seus mecanismos para que haja melhor distribuição de recursos e investimentos.
A Lei de nº 8.313/91, Lei Rouanet, criada em 1991 na gestão do ministro Sergio Paulo Rouanet, permite que empresas e pessoas físicas financiem projetos culturais, deduzindo até 100% do valor investido no imposto de renda.
As propostas de alteração na Lei que serão apresentadas visam distribuir melhor os recursos, e diminuir a desigualdade de investimento entre regiões, e entre pequenos e grandes espetáculos.
Para Alfredo Manevy, secretário de Políticas Culturais do Ministério da Cultura, a maioria das empresas prefere investir no eixo Rio–São Paulo, e em espetáculos de artistas consagrados, pois conseguem maior retorno em visibilidade e em publicidade, e passam à imagem de empresas ligadas a cultura, deixando de lado pequenos produtores culturais de outras regiões do país.
Um exemplo disso é o espetáculo “Saltimbancos” do Cirque du Soleil, que com seus ingressos variando entre R$ 130 e R$ 400, e com alto apelo de venda junto ao publico, recebeu R$ 9,4 milhões em incentivos que foram deduzidos dos impostos dos patrocinadores, enquanto companhias circenses do interior do Brasil estão a beira da falência.
Manevy estima que a Lei Rouanet girou R$ 1 bilhão em 2007, e desse valor, cerca de 80% está concentrado na região sudeste.. Outro dado levantado é que 7% do PIB brasileiro vêm de manifestações culturais de todo tipo, como festas, shows, e eventos culturais.
A criação de um fundo para investimento também faz parte da proposta, e permitirá ao MinC ter melhores condições de investir em áreas carentes e estabelecer parcerias com a área privada na proporção que achar justa, gerindo os recursos com critérios predefinidos para cada área, como dança, teatro, cinema etc.
Matéria publicada em:
http://vermelho.org.br/emergencia/maio/1405_leirouanet.asp
http://www.adnews.com.br/cultura.php?id=69451
A Lei de nº 8.313/91, Lei Rouanet, criada em 1991 na gestão do ministro Sergio Paulo Rouanet, permite que empresas e pessoas físicas financiem projetos culturais, deduzindo até 100% do valor investido no imposto de renda.
As propostas de alteração na Lei que serão apresentadas visam distribuir melhor os recursos, e diminuir a desigualdade de investimento entre regiões, e entre pequenos e grandes espetáculos.
Para Alfredo Manevy, secretário de Políticas Culturais do Ministério da Cultura, a maioria das empresas prefere investir no eixo Rio–São Paulo, e em espetáculos de artistas consagrados, pois conseguem maior retorno em visibilidade e em publicidade, e passam à imagem de empresas ligadas a cultura, deixando de lado pequenos produtores culturais de outras regiões do país.
Um exemplo disso é o espetáculo “Saltimbancos” do Cirque du Soleil, que com seus ingressos variando entre R$ 130 e R$ 400, e com alto apelo de venda junto ao publico, recebeu R$ 9,4 milhões em incentivos que foram deduzidos dos impostos dos patrocinadores, enquanto companhias circenses do interior do Brasil estão a beira da falência.
Manevy estima que a Lei Rouanet girou R$ 1 bilhão em 2007, e desse valor, cerca de 80% está concentrado na região sudeste.. Outro dado levantado é que 7% do PIB brasileiro vêm de manifestações culturais de todo tipo, como festas, shows, e eventos culturais.
A criação de um fundo para investimento também faz parte da proposta, e permitirá ao MinC ter melhores condições de investir em áreas carentes e estabelecer parcerias com a área privada na proporção que achar justa, gerindo os recursos com critérios predefinidos para cada área, como dança, teatro, cinema etc.
Matéria publicada em:
http://vermelho.org.br/emergencia/maio/1405_leirouanet.asp
http://www.adnews.com.br/cultura.php?id=69451
Para Frederico Bussinger, caminhões não são vilões do trânsito
Ex-secretário de transportes diz que não existe solução de engenharia para o trânsito, e que restringir trabalho de caminhões só prejudicaria a cidade.
"Do ponto de vista da engenharia e da arquitetura, não há muito o que se possa fazer para melhorar o trânsito, enquanto motos forem vendidas por prestações menores que a taxa de vale-transporte, e os carros tiverem prestações inferiores ao salário mínimo". Foi assim que Bussinger começou sua explanação, na entrevista coletiva dada aos estudantes do projeto repórter do futuro, na redação da Oboré, no último sábado (26).
O trânsito, apontado pelos estudantes como maior problema da cidade de São Paulo, tende a piorar a cada dia que passa. Com o aumento do crédito e a facilidade de pagamentos em longo prazo, cerca de mil carros novos entram em circulação nas ruas da cidade a cada mês, causando recordes de congestionamento, poluição e perda de qualidade de vida da população.
Além do aumento dos carros, o fluxo de caminhões que passa pela cidade também é um fator decisivo para o problema, porém não são os caminhões que estão na cidade para o abastecimento, transporte e serviços locais os maiores vilões, o problema maior são os veículos que cruzam a cidade apenas de passagem, vindo de outras cidades ou estados, com destinos que não sejam São Paulo.
Bussinger criticou a medida ventilada pelo prefeito Kassab, de proibir a circulação de caminhões na cidade durante o dia, pois tal medida prejudicaria o abastecimento e o desenvolvimento, o que poderia gerar diversos problemas, desde o aumento de preços de produtos transportados até o aumento do roubo de cargas, já que a circulação ocorreria apenas nas madrugadas. Os caminhões que circulam em São Paulo correspondem a apenas 3% do total da frota de veículos, contra 75% dos automóveis. Outra ressalva, é que se a restrição for aprovada, seria necessário fazer algumas exceções à regra, o que poderia acarretar em muitas exceções e a lei pode acabar não funcionando como planejada.
As sugestões apontadas para melhoria do trânsito são as mesmas que os paulistanos estão cansados de saber; melhorar o transporte coletivo, ampliação do Metrô, e criação de mais corredores de ônibus. Com mais corredores, a frota pode circular com mais velocidade, fazer maior número de viagens e atender as pessoas com mais conforto e comodidade.
Para Bussinger, a questão do aumento dos carros na cidade, congestionando as principais vias e o centro da cidade, poderia ser melhorada com medidas restritivas, inibindo os motoristas a sair de casa com carro se o destino for o centro da cidade. As soluções apontadas foram à restrição do estacionamento nas ruas, e a diminuição de estacionamentos particulares, que certamente contribuiria para a diminuição de carros no centro e incentivaria a população a procurar outros meios de locomoção.
Bussinger é otimista, e lembra que na década de 60, a cidade vivia com um sério problema no trânsito, o que gerou a tomada de conseqüências como construção do Metrô e de corredores de ônibus, revolucionando os transportes na cidade e o modo como as pessoas viviam. Para ele, nos dias atuais, a cidade está próxima de tomar consciência que é preciso fazer uma nova revolução nos transportes, e transformar a cidade num lugar melhor para se viver.
"Do ponto de vista da engenharia e da arquitetura, não há muito o que se possa fazer para melhorar o trânsito, enquanto motos forem vendidas por prestações menores que a taxa de vale-transporte, e os carros tiverem prestações inferiores ao salário mínimo". Foi assim que Bussinger começou sua explanação, na entrevista coletiva dada aos estudantes do projeto repórter do futuro, na redação da Oboré, no último sábado (26).
O trânsito, apontado pelos estudantes como maior problema da cidade de São Paulo, tende a piorar a cada dia que passa. Com o aumento do crédito e a facilidade de pagamentos em longo prazo, cerca de mil carros novos entram em circulação nas ruas da cidade a cada mês, causando recordes de congestionamento, poluição e perda de qualidade de vida da população.
Além do aumento dos carros, o fluxo de caminhões que passa pela cidade também é um fator decisivo para o problema, porém não são os caminhões que estão na cidade para o abastecimento, transporte e serviços locais os maiores vilões, o problema maior são os veículos que cruzam a cidade apenas de passagem, vindo de outras cidades ou estados, com destinos que não sejam São Paulo.
Bussinger criticou a medida ventilada pelo prefeito Kassab, de proibir a circulação de caminhões na cidade durante o dia, pois tal medida prejudicaria o abastecimento e o desenvolvimento, o que poderia gerar diversos problemas, desde o aumento de preços de produtos transportados até o aumento do roubo de cargas, já que a circulação ocorreria apenas nas madrugadas. Os caminhões que circulam em São Paulo correspondem a apenas 3% do total da frota de veículos, contra 75% dos automóveis. Outra ressalva, é que se a restrição for aprovada, seria necessário fazer algumas exceções à regra, o que poderia acarretar em muitas exceções e a lei pode acabar não funcionando como planejada.
As sugestões apontadas para melhoria do trânsito são as mesmas que os paulistanos estão cansados de saber; melhorar o transporte coletivo, ampliação do Metrô, e criação de mais corredores de ônibus. Com mais corredores, a frota pode circular com mais velocidade, fazer maior número de viagens e atender as pessoas com mais conforto e comodidade.
Para Bussinger, a questão do aumento dos carros na cidade, congestionando as principais vias e o centro da cidade, poderia ser melhorada com medidas restritivas, inibindo os motoristas a sair de casa com carro se o destino for o centro da cidade. As soluções apontadas foram à restrição do estacionamento nas ruas, e a diminuição de estacionamentos particulares, que certamente contribuiria para a diminuição de carros no centro e incentivaria a população a procurar outros meios de locomoção.
Bussinger é otimista, e lembra que na década de 60, a cidade vivia com um sério problema no trânsito, o que gerou a tomada de conseqüências como construção do Metrô e de corredores de ônibus, revolucionando os transportes na cidade e o modo como as pessoas viviam. Para ele, nos dias atuais, a cidade está próxima de tomar consciência que é preciso fazer uma nova revolução nos transportes, e transformar a cidade num lugar melhor para se viver.
Redução da jornada de trabalho é tema do 1º de maio
Centrais sindicais do Brasil aproveitaram as comemorações do dia do trabalhador para lutar pela redução da jornada de trabalho de 44 para 40 horas semanais.
No feriado de primeiro de maio, dia do trabalhador, as centrais sindicais aproveitaram as festas organizadas em todo Brasil para os trabalhadores, e grande quantidade de pessoas reunidas, para discursar e defender a redução da jornada de trabalho no Brasil de 44 para 40 horas semanais.
A constituição brasileira prevê que o cidadão trabalhe 44 horas semanais, mas as centrais sindicais defendem a redução da jornada para 40 horas, sem redução de salários, e como uma forma de diminuir o desemprego e melhorar a qualidade de vida do trabalhador.
Segundo o Dieese (Departamento intersindical de estatística e estudo sócio econômico) a redução do tempo de trabalho poderia gerar 2,2 milhões de novas vagas de emprego, para ocupar o tempo ocioso das fabricas.
Para o especialista em movimentos trabalhistas José Luís Del Roio, o Brasil deve seguir os exemplos de países Europeus como a Alemanha e a França, onde a carga horária foi reduzida para 32 e 35 horas semanais respectivamente, e as fábricas não tiveram prejuízos em produtividade. Segundo Del Roio, um operário da Volkswagen alemã é mais produtivo do que um operário da mesma montadora no Brasil, pelo fato de estar mais descansado, e com isso poder se concentrar melhor em suas tarefas.
Na celebração do dia mundial em memória das vítimas de acidentes de trabalho, 28 de abril, em ato nas escadarias do teatro municipal, foram lembrados os dados da secretaria de Saúde do estado de São Paulo, onde morrem a cada ano cerca de 10 mil pessoas vítimas de acidentes de trabalho, o mesmo que a queda de um boeing a cada 2 semanas. Para os organizadores do ato, a redução da jornada também é um meio de se reduzir o número de acidentes de trabalho.
A CUT e a Força Sindical estão unidas para a coleta de cinco milhões de assinaturas favoráveis à medida, como forma de pressionar o congresso nacional a aprovar a mudança na constituição diminuindo as horas semanais de trabalho. Para as centrais, a coleta de assinaturas foi um sucesso, e pretendem concluir em breve este trabalho para encaminhar ao congresso anexado ao projeto de redução.
Opositores
Opositores da medida, como o professor da USP José Pastore, apontam um estudo que mostrou que na constituição de 1988, quando foi reduzido de 48 para 44 horas de trabalho por semana, não houve aumento no número de postos de trabalho.
Pastore diz que não haverá transformação no cenário apenas com a mudança na constituição, é necessário um diálogo entre a classe trabalhadora e as entidades patronais, para que se possa diminuir a jornada sem diminuir a produtividade.
Para o professor da USP, caso não seja levado em conta a produtividade, a redução irá aumentar o custo da hora de trabalho, podendo levar a automatização de setores e consequentemente o aumento do preço dos produtos fabricados para o consumidor final.
São Paulo, 1 de maio de 2008
No feriado de primeiro de maio, dia do trabalhador, as centrais sindicais aproveitaram as festas organizadas em todo Brasil para os trabalhadores, e grande quantidade de pessoas reunidas, para discursar e defender a redução da jornada de trabalho no Brasil de 44 para 40 horas semanais.
A constituição brasileira prevê que o cidadão trabalhe 44 horas semanais, mas as centrais sindicais defendem a redução da jornada para 40 horas, sem redução de salários, e como uma forma de diminuir o desemprego e melhorar a qualidade de vida do trabalhador.
Segundo o Dieese (Departamento intersindical de estatística e estudo sócio econômico) a redução do tempo de trabalho poderia gerar 2,2 milhões de novas vagas de emprego, para ocupar o tempo ocioso das fabricas.
Para o especialista em movimentos trabalhistas José Luís Del Roio, o Brasil deve seguir os exemplos de países Europeus como a Alemanha e a França, onde a carga horária foi reduzida para 32 e 35 horas semanais respectivamente, e as fábricas não tiveram prejuízos em produtividade. Segundo Del Roio, um operário da Volkswagen alemã é mais produtivo do que um operário da mesma montadora no Brasil, pelo fato de estar mais descansado, e com isso poder se concentrar melhor em suas tarefas.
Na celebração do dia mundial em memória das vítimas de acidentes de trabalho, 28 de abril, em ato nas escadarias do teatro municipal, foram lembrados os dados da secretaria de Saúde do estado de São Paulo, onde morrem a cada ano cerca de 10 mil pessoas vítimas de acidentes de trabalho, o mesmo que a queda de um boeing a cada 2 semanas. Para os organizadores do ato, a redução da jornada também é um meio de se reduzir o número de acidentes de trabalho.
A CUT e a Força Sindical estão unidas para a coleta de cinco milhões de assinaturas favoráveis à medida, como forma de pressionar o congresso nacional a aprovar a mudança na constituição diminuindo as horas semanais de trabalho. Para as centrais, a coleta de assinaturas foi um sucesso, e pretendem concluir em breve este trabalho para encaminhar ao congresso anexado ao projeto de redução.
Opositores
Opositores da medida, como o professor da USP José Pastore, apontam um estudo que mostrou que na constituição de 1988, quando foi reduzido de 48 para 44 horas de trabalho por semana, não houve aumento no número de postos de trabalho.
Pastore diz que não haverá transformação no cenário apenas com a mudança na constituição, é necessário um diálogo entre a classe trabalhadora e as entidades patronais, para que se possa diminuir a jornada sem diminuir a produtividade.
Para o professor da USP, caso não seja levado em conta a produtividade, a redução irá aumentar o custo da hora de trabalho, podendo levar a automatização de setores e consequentemente o aumento do preço dos produtos fabricados para o consumidor final.
São Paulo, 1 de maio de 2008
Vereador critica método das AMAs em São Paulo
O vereador de São Paulo pelo PT, Carlos Neder, criticou o método utilizado pela prefeitura paulista no atendimento a saúde dos cidadãos. Para o vereador, as AMAs (Assistência Médica Ambulatorial) prestam apenas um serviço parcial, que em muitos casos não resolvem o problema dos pacientes.
Para o vereador, quando um paciente está passando mal e vai a uma AMA, ele recebe apenas um tratamento curativo, sem um exame mais detalhado ou aprofundado, com médicos especialistas, outra deficiência do sistema é que os pacientes não têm um prontuário médico na unidade, com seu histórico de consultas, ou seja, cada vez que o cidadão vai à unidade ele é tratado como um novo paciente.
Atualmente as AMAs ocupam grande parte dos postos de saúde da cidade, diminuindo o atendimento especializado dando lugar ao pronto atendimento.
Outra crítica de Neder é a falta de transparência dos gastos municipais com essas unidades, não se sabe de onde vêm esses recursos e nem de quanto tem sido a participação do governo estadual e federal no custeio desse serviço.
Propaganda
Utilizada como principal bandeira eleitoral de Serra e Kassab na Saúde, foi gasto R$ 1,2 milhão em propaganda no primeiro trimestre de 2008. O montante é igual a tudo que a prefeitura gastou em obras de novas unidades de saúde no mesmo período. Tal constatação tem base nos dados da Prefeitura, apresentados pelo secretário-adjunto de Saúde, Ailton Lima, em audiência realizada na Câmara Municipal.
Pouca eficiência
Quando criadas, a justificativa era de que desafogaria os pronto-socorros e hospitais públicos, mas na prática não foi isso que aconteceu, em 2007, o número de consultas nas AMAs cresceu 161%, chegando a 3,7 milhões.
No restante da rede as consultas urgência e emergência caíram apenas 9%, caindo de 4 milhões para 3,6 milhões. Com base nestes dados, Neder questiona o porquê de gastar tanto com as AMAs, mesmo elas dando baixo retorno nesta questão.
Para o vereador, quando um paciente está passando mal e vai a uma AMA, ele recebe apenas um tratamento curativo, sem um exame mais detalhado ou aprofundado, com médicos especialistas, outra deficiência do sistema é que os pacientes não têm um prontuário médico na unidade, com seu histórico de consultas, ou seja, cada vez que o cidadão vai à unidade ele é tratado como um novo paciente.
Atualmente as AMAs ocupam grande parte dos postos de saúde da cidade, diminuindo o atendimento especializado dando lugar ao pronto atendimento.
Outra crítica de Neder é a falta de transparência dos gastos municipais com essas unidades, não se sabe de onde vêm esses recursos e nem de quanto tem sido a participação do governo estadual e federal no custeio desse serviço.
Propaganda
Utilizada como principal bandeira eleitoral de Serra e Kassab na Saúde, foi gasto R$ 1,2 milhão em propaganda no primeiro trimestre de 2008. O montante é igual a tudo que a prefeitura gastou em obras de novas unidades de saúde no mesmo período. Tal constatação tem base nos dados da Prefeitura, apresentados pelo secretário-adjunto de Saúde, Ailton Lima, em audiência realizada na Câmara Municipal.
Pouca eficiência
Quando criadas, a justificativa era de que desafogaria os pronto-socorros e hospitais públicos, mas na prática não foi isso que aconteceu, em 2007, o número de consultas nas AMAs cresceu 161%, chegando a 3,7 milhões.
No restante da rede as consultas urgência e emergência caíram apenas 9%, caindo de 4 milhões para 3,6 milhões. Com base nestes dados, Neder questiona o porquê de gastar tanto com as AMAs, mesmo elas dando baixo retorno nesta questão.
PDE vai investir mais de R$ 1 bilhão em transporte escolar
No dia que completou 1 ano da criação do Plano de Desenvolvimento da Educação, 448 municípios assinaram convênios para a compra de 513 veículos escolares. Todos os municípios beneficiados são os que obtiveram o menor Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb).
Segundo o ministro da Educação, Fernando Haddad, no total, ainda será investido mais de R$ 1 bilhão na aquisição de veículos escolares. Durante o evento, foi apresentado o novo veículo com especificações exclusivas para o transporte escolar.
O novo ônibus oferece porta-mochila abaixo dos assentos, equipamento para deficientes físicos e material especial nas poltronas, que facilita a remoção de tintas e sujeiras.
O objetivo do programa é renovar e padronizar o transporte escolar em todo o Brasil e assim acabar com a evasão escolar no campo e com o transporte irregular de crianças, feito pelos chamados paus-de-arara.
Para pleitear o empréstimo, os municípios precisam aderir ao Plano Nacional de Desenvolvimento da Educação, sob a responsabilidade do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação, e participar de pregão nacional. O governo federal reduziu a zero a cobrança de quatro impostos (PIS, Cofins, ICMS e IPI), para baratear o preço dos ônibus.
Segundo o ministro da Educação, Fernando Haddad, no total, ainda será investido mais de R$ 1 bilhão na aquisição de veículos escolares. Durante o evento, foi apresentado o novo veículo com especificações exclusivas para o transporte escolar.
O novo ônibus oferece porta-mochila abaixo dos assentos, equipamento para deficientes físicos e material especial nas poltronas, que facilita a remoção de tintas e sujeiras.
O objetivo do programa é renovar e padronizar o transporte escolar em todo o Brasil e assim acabar com a evasão escolar no campo e com o transporte irregular de crianças, feito pelos chamados paus-de-arara.
Para pleitear o empréstimo, os municípios precisam aderir ao Plano Nacional de Desenvolvimento da Educação, sob a responsabilidade do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação, e participar de pregão nacional. O governo federal reduziu a zero a cobrança de quatro impostos (PIS, Cofins, ICMS e IPI), para baratear o preço dos ônibus.
Ladislaw Dowbor critica processo de financeirização da economia
Ao invés de utilizar o dinheiro aplicado para investimentos na comunidade, os bancos preferem utilizá-lo de forma especulativa.
O Economista e professor Ladislaw Dowbor criticou, durante entrevista coletiva na redação da Oboré no último sábado, (19), o processo que consiste em utilizar o dinheiro investido nos bancos para fazer aplicações financeiras, ao invés de investir este dinheiro em prol do bem estar da comunidade, tornando a especulação financeira papel principal das ciências econômicas estudadas hoje.
Para Dowbor, o lucro e o poder gerados pela especulação financeira fazem com que os estudos da ciência econômica se concentrem mais nesta área, quando na verdade, a economia deveria servir como instrumento para o desenvolvimento, com investimentos nas comunidades.
Pessoas e instituições que investem nesta área enriquecem com o trabalho dos outros e não produzem nada, além de descapitalizar o setor produtivo, o Estado e as comunidades locais. Sobre este assunto, o professor dispara: “é o rabo que balança o cachorro, ao invés da economia servir à sociedade, e a sociedade que serve à economia”.
Sobre as conseqüências da financeirização da economia, Dowbor cita que a maioria dos vencedores do Prêmio Nobel de economia, são teóricos especializados em estudos da área financeira, e revela que o Prêmio Nobel de economia, na realidade não existe: “o que existe é um prêmio oferecido pelo Banco da Suécia, que homenageia Alfred Nobel, e propositalmente e entregue na mesma semana de premiação do prêmio Nobel”.
Para Dowbor, a criação de caixas econômicas municipais seria uma alternativa inteligente aos bancos convencionais, que cobram taxas e juros abusivos e nada devolvem à comunidade. As caixas municipais investiriam o dinheiro das poupanças e dos investimentos nas empresas, comércio e nos serviços locais, assim como fazem mais de 10 mil comunidades no Brasil, que cansaram de esperar por prefeitos que nunca resolveram os problemas da sociedade.
A distribuição de renda é outro fator determinante para o desenvolvimento, aquecendo a economia, gerando empregos e diminuindo a desigualdade, no livro “Democracia econômica” Ladislaw Dowbor diz: “muito dinheiro na mão de poucos gera o caos, enquanto pouco dinheiro na mão de muitos gera resultados impressionantes em termos de progresso econômico e social”.
São Paulo, 20 de abril de 2008
O Economista e professor Ladislaw Dowbor criticou, durante entrevista coletiva na redação da Oboré no último sábado, (19), o processo que consiste em utilizar o dinheiro investido nos bancos para fazer aplicações financeiras, ao invés de investir este dinheiro em prol do bem estar da comunidade, tornando a especulação financeira papel principal das ciências econômicas estudadas hoje.
Para Dowbor, o lucro e o poder gerados pela especulação financeira fazem com que os estudos da ciência econômica se concentrem mais nesta área, quando na verdade, a economia deveria servir como instrumento para o desenvolvimento, com investimentos nas comunidades.
Pessoas e instituições que investem nesta área enriquecem com o trabalho dos outros e não produzem nada, além de descapitalizar o setor produtivo, o Estado e as comunidades locais. Sobre este assunto, o professor dispara: “é o rabo que balança o cachorro, ao invés da economia servir à sociedade, e a sociedade que serve à economia”.
Sobre as conseqüências da financeirização da economia, Dowbor cita que a maioria dos vencedores do Prêmio Nobel de economia, são teóricos especializados em estudos da área financeira, e revela que o Prêmio Nobel de economia, na realidade não existe: “o que existe é um prêmio oferecido pelo Banco da Suécia, que homenageia Alfred Nobel, e propositalmente e entregue na mesma semana de premiação do prêmio Nobel”.
Para Dowbor, a criação de caixas econômicas municipais seria uma alternativa inteligente aos bancos convencionais, que cobram taxas e juros abusivos e nada devolvem à comunidade. As caixas municipais investiriam o dinheiro das poupanças e dos investimentos nas empresas, comércio e nos serviços locais, assim como fazem mais de 10 mil comunidades no Brasil, que cansaram de esperar por prefeitos que nunca resolveram os problemas da sociedade.
A distribuição de renda é outro fator determinante para o desenvolvimento, aquecendo a economia, gerando empregos e diminuindo a desigualdade, no livro “Democracia econômica” Ladislaw Dowbor diz: “muito dinheiro na mão de poucos gera o caos, enquanto pouco dinheiro na mão de muitos gera resultados impressionantes em termos de progresso econômico e social”.
São Paulo, 20 de abril de 2008
Programa de Metas será observador dos próximos prefeitos de SP
Projeto do movimento Nossa São Paulo obriga próximos prefeitos de São Paulo a prestar contas da administração à população.
Aprovado pela câmara municipal de São Paulo em fevereiro deste ano, e integrado a lei orgânica no município, o programa de metas vai obrigar o próximo prefeito a apresentar até 90 dias após sua posse, um programa com as metas estabelecidas em campanha, para o desenvolvimento de cada uma das regiões das 31 subprefeituras e distritos da cidade, e o obriga também a prestar contas do andamento dos processos no final de cada ano de seu mandato.
O programa foi desenvolvido pelo movimento “Nossa São Paulo, Outra Cidade”, que integra mais de 400 organizações da sociedade civil, e vem, desde 2007 atuando na questão das políticas públicas da cidade de São Paulo, buscando promover o debate entre a sociedade e o poder público, em torno dos problemas enfrentados pelos cidadãos, e lutando para diminuir as desigualdades da capital paulista.
Um dos coordenadores do movimento, Mauricio Broinizi, participou de entrevista coletiva na redação da Oboré, no último sábado (12), e afirmou que: “a aprovação da lei do programa de metas é um marco na política da capital paulista, e que certamente será copiado por outras cidades, quem sabe por estados e até pelo governo federal”.
Broinizi disse também que os principais candidatos, e candidatas, a prefeitura da cidade nas eleições que ocorrerão em outubro deste ano já estão cientes do programa e aprovaram a iniciativa, o que mostra que pelo menos estes políticos estão comprometidos com a cidade, e sabem que a partir de agora, suas propostas serão pautadas pelo programa de metas, e que abusos, propostas infundadas e demagogias, serão cobrados depois pela imprensa e pela sociedade.
Trampolim Político
Mauricio Broinizi considera um crime o político que usa a prefeitura de uma cidade como trampolim para outras eleições, como ocorreu na última eleição para prefeito de São Paulo, quando prefeito eleito pelo povo renunciou do cargo um ano após sua posse para concorrer ao governo estadual. Broinizi acha que o político pode ate usar a prefeitura como trampolim, se ele cumprir todo seu mandato e for um bom administrador, daí sim, poderá tentar saltos maiores na política.
Essa prática estava sendo ventilada novamente para as eleições deste ano. Alguns pré-candidatos estavam pensando na prefeitura como um trampolim para outros cargos nas eleições de 2010, mas com a aprovação do plano de metas, esta prática pode estar com os dias contados, pelo menos aqui, na cidade de São Paulo.
O programa não inclui uma punição para quem desrespeitá-lo, mas os candidatos sabem que a partir do momento que assinarem o acordo de intenção com a cidade, serão cobrados de forma intensiva, desta forma, seria arriscado demais para um político com maiores pretensões, correr o risco de futuramente ter uma enorme rejeição nas urnas.
São Paulo, 12 de abril de 2008
Aprovado pela câmara municipal de São Paulo em fevereiro deste ano, e integrado a lei orgânica no município, o programa de metas vai obrigar o próximo prefeito a apresentar até 90 dias após sua posse, um programa com as metas estabelecidas em campanha, para o desenvolvimento de cada uma das regiões das 31 subprefeituras e distritos da cidade, e o obriga também a prestar contas do andamento dos processos no final de cada ano de seu mandato.
O programa foi desenvolvido pelo movimento “Nossa São Paulo, Outra Cidade”, que integra mais de 400 organizações da sociedade civil, e vem, desde 2007 atuando na questão das políticas públicas da cidade de São Paulo, buscando promover o debate entre a sociedade e o poder público, em torno dos problemas enfrentados pelos cidadãos, e lutando para diminuir as desigualdades da capital paulista.
Um dos coordenadores do movimento, Mauricio Broinizi, participou de entrevista coletiva na redação da Oboré, no último sábado (12), e afirmou que: “a aprovação da lei do programa de metas é um marco na política da capital paulista, e que certamente será copiado por outras cidades, quem sabe por estados e até pelo governo federal”.
Broinizi disse também que os principais candidatos, e candidatas, a prefeitura da cidade nas eleições que ocorrerão em outubro deste ano já estão cientes do programa e aprovaram a iniciativa, o que mostra que pelo menos estes políticos estão comprometidos com a cidade, e sabem que a partir de agora, suas propostas serão pautadas pelo programa de metas, e que abusos, propostas infundadas e demagogias, serão cobrados depois pela imprensa e pela sociedade.
Trampolim Político
Mauricio Broinizi considera um crime o político que usa a prefeitura de uma cidade como trampolim para outras eleições, como ocorreu na última eleição para prefeito de São Paulo, quando prefeito eleito pelo povo renunciou do cargo um ano após sua posse para concorrer ao governo estadual. Broinizi acha que o político pode ate usar a prefeitura como trampolim, se ele cumprir todo seu mandato e for um bom administrador, daí sim, poderá tentar saltos maiores na política.
Essa prática estava sendo ventilada novamente para as eleições deste ano. Alguns pré-candidatos estavam pensando na prefeitura como um trampolim para outros cargos nas eleições de 2010, mas com a aprovação do plano de metas, esta prática pode estar com os dias contados, pelo menos aqui, na cidade de São Paulo.
O programa não inclui uma punição para quem desrespeitá-lo, mas os candidatos sabem que a partir do momento que assinarem o acordo de intenção com a cidade, serão cobrados de forma intensiva, desta forma, seria arriscado demais para um político com maiores pretensões, correr o risco de futuramente ter uma enorme rejeição nas urnas.
São Paulo, 12 de abril de 2008
Rádio Heliópolis
Rádio Heliópolis
Após a reabertura da rádio, em julho de 2007, a rádio Heliópolis opera em regime experimental na freqüência 87,7 Mhz, com licença provisória concedida pela Anatel, e renovável a cada 6 meses.
Com equipamentos novos e modernos, e com a nova sede, agora na Rua Paraíba, a Rádio Heliópolis pretende conseguir a autorização definitiva de funcionamento, e assim, se profissionalizar, podendo remunerar seus funcionários, aumentar seu alcance, e melhorar a estrutura de seus cursos profissionalizantes oferecidos aos jovens da comunidade.
Breve histórico
A rádio começou a funcionar há 15 anos, no início se chamava rádio Corneta, pois era transmitida a comunidade através de cornetas colocadas no lado de fora da UNAS – União dos Moradores de Heliópolis e São João Clímaco.
Passou algum tempo e a rádio comprou transmissores e passou a usar, de forma irregular, a freqüência 97,7Mhz, sua sede era em uma sala improvisada cedida pela UNAS e seus equipamentos eram precários, mas a atuação na comunidade era crescente e cada vez mais presente.
Em junho de 2006 a rádio foi fechada e lacrada pela Anatel e pela polícia federal, por problemas de concessão de licença.
Programação
A rádio entra no ar, diariamente às 6:00 e encerra as transmissões a meia noite.
Programas musicais, como “na onda do sucesso”, “freqüência do sucesso” e “revolução rap” fazem da rádio Heliópolis, uma emissora eclética tocando vários estilos musicais durante a programação.
Hoje, a rádio conta com um acervo grande de músicas, graças a melhora da estrutura, que hoje possui internet, telefone e computadores com grande capacidade de armazenamento.
O locutor e apresentador do programa “Freqüência do Sucesso parte 2”, Ricardo Rocha, 20 anos, contou que na sede antiga, os apresentadores e Djs que levavam seus CD´s e Discos para tocarem em seus programas, o que prejudicava na questão de variedade de músicas, e gerava reclamações dos ouvintes, que ouviam as músicas que gostavam apenas em horários específicos.
Atuação na comunidade
A rádio Heliópolis oferece serviços à comunidade, como anúncio de documentos perdidos, cães desaparecidos, crianças que se perdem dos pais, entre outros.
Os locutores trabalham de forma voluntária, e recebem apenas pequenas porcentagens dos anúncios publicitários que fazem em seus horários. Os principais clientes da emissora são os pequenos comércios da comunidade, como o Açougue, loja de móveis, funilaria, lanchonetes e mercadinhos locais.
A tabela de preços de anúncio é variável, mas não de acordo com o horário ou audiência, mas de acordo com o que o cliente pode pagar, e esse dinheiro também ajuda a financiar a estrutura da rádio.
Outra ação importante dos integrantes da rádio, são os cursos oferecidos aos jovens da comunidade; São cursos voltados para o trabalho em rádio, como Oficinas de locução, oficinas de DJ, aulas de jornalismo, música e operação de mesa de som.
A coordenadora de jornalismo da rádio, Claudinha Neves, 25 anos, é uma das professoras dessas oficinas, ensinando locução e jornalismo aos jovens.
Hoje, todos os alunos formados pelas oficinas trabalham de alguma forma na Rádio Heliópolis, atuando na área que cursou.
Estrutura física
Depois de reaberta, a rádio mudou-se para a Rua Paraíba, 76, em um sobrado com mais espaço e com uma boa estrutura.
O estúdio principal fica no andar de cima, e conta com computadores modernos, internet, telefone, mesa de som e sistema de isolamento acústico.
Na parte de baixo da casa, fica a antena de transmissão, uma sala da diretoria, um depósito, cozinha, sala de estar, e um bom estúdio de gravação, também com isolamento acústico e amplo espaço.
Jornalismo
Durante a programação do dia, os apresentadores narram os principais fatos ocorridos no Brasil e no mundo, com notícias que pegam através da internet.
Nós notamos que falta um pouco mais de jornalismo durante a programação, e que os alunos das oficinas poderiam atuar como repórteres na comunidade.
A coordenadora Claudinha Neves, diz que espera a outorga definitiva para a rádio poder se profissionalizar e ampliar sua atuação no jornalismo, pois hoje eles contam com poucos recursos para investir nesta área.
Interação com os ouvintes
Pelo telefone 2273-1844, os ouvintes e moradores podem ligar para o apresentador e pedir o que quiserem; músicas, informações, anunciar alguma coisa, etc. Os colaboradores da rádio sempre atendem com muita presteza e dispostos a ajudar quem precisa.
A rádio também fica de portões abertos para qualquer pessoa entrar e conhecer, o locutor Ricardo diz que no horário dele as pessoas podem também participar da programação e falar ao microfone, mandar recados e anunciar músicas.
Situação e processo de habilitação
Segundo a coordenadora Claudinha Neves, a rádio está cumprindo as exigências da Anatel para se legalizar, e espera que o isso aconteça logo.
A licença provisória de funcionamento vence em janeiro, Claudinha acredita que ela será renovada por mais 6 meses, até que consigam a concessão definitiva.
fotos do local:
Fachada:
Estúdio principal, apresentador Ricardo Rocha
Torre de transmissão
São Paulo, 20 de dezembro de 2007
PS: Em Junho de 2008, a Rádio Heliópolis recebeu a outorga de funcionamento e está legalizada na Anatel.
Após a reabertura da rádio, em julho de 2007, a rádio Heliópolis opera em regime experimental na freqüência 87,7 Mhz, com licença provisória concedida pela Anatel, e renovável a cada 6 meses.
Com equipamentos novos e modernos, e com a nova sede, agora na Rua Paraíba, a Rádio Heliópolis pretende conseguir a autorização definitiva de funcionamento, e assim, se profissionalizar, podendo remunerar seus funcionários, aumentar seu alcance, e melhorar a estrutura de seus cursos profissionalizantes oferecidos aos jovens da comunidade.
Breve histórico
A rádio começou a funcionar há 15 anos, no início se chamava rádio Corneta, pois era transmitida a comunidade através de cornetas colocadas no lado de fora da UNAS – União dos Moradores de Heliópolis e São João Clímaco.
Passou algum tempo e a rádio comprou transmissores e passou a usar, de forma irregular, a freqüência 97,7Mhz, sua sede era em uma sala improvisada cedida pela UNAS e seus equipamentos eram precários, mas a atuação na comunidade era crescente e cada vez mais presente.
Em junho de 2006 a rádio foi fechada e lacrada pela Anatel e pela polícia federal, por problemas de concessão de licença.
Programação
A rádio entra no ar, diariamente às 6:00 e encerra as transmissões a meia noite.
Programas musicais, como “na onda do sucesso”, “freqüência do sucesso” e “revolução rap” fazem da rádio Heliópolis, uma emissora eclética tocando vários estilos musicais durante a programação.
Hoje, a rádio conta com um acervo grande de músicas, graças a melhora da estrutura, que hoje possui internet, telefone e computadores com grande capacidade de armazenamento.
O locutor e apresentador do programa “Freqüência do Sucesso parte 2”, Ricardo Rocha, 20 anos, contou que na sede antiga, os apresentadores e Djs que levavam seus CD´s e Discos para tocarem em seus programas, o que prejudicava na questão de variedade de músicas, e gerava reclamações dos ouvintes, que ouviam as músicas que gostavam apenas em horários específicos.
Atuação na comunidade
A rádio Heliópolis oferece serviços à comunidade, como anúncio de documentos perdidos, cães desaparecidos, crianças que se perdem dos pais, entre outros.
Os locutores trabalham de forma voluntária, e recebem apenas pequenas porcentagens dos anúncios publicitários que fazem em seus horários. Os principais clientes da emissora são os pequenos comércios da comunidade, como o Açougue, loja de móveis, funilaria, lanchonetes e mercadinhos locais.
A tabela de preços de anúncio é variável, mas não de acordo com o horário ou audiência, mas de acordo com o que o cliente pode pagar, e esse dinheiro também ajuda a financiar a estrutura da rádio.
Outra ação importante dos integrantes da rádio, são os cursos oferecidos aos jovens da comunidade; São cursos voltados para o trabalho em rádio, como Oficinas de locução, oficinas de DJ, aulas de jornalismo, música e operação de mesa de som.
A coordenadora de jornalismo da rádio, Claudinha Neves, 25 anos, é uma das professoras dessas oficinas, ensinando locução e jornalismo aos jovens.
Hoje, todos os alunos formados pelas oficinas trabalham de alguma forma na Rádio Heliópolis, atuando na área que cursou.
Estrutura física
Depois de reaberta, a rádio mudou-se para a Rua Paraíba, 76, em um sobrado com mais espaço e com uma boa estrutura.
O estúdio principal fica no andar de cima, e conta com computadores modernos, internet, telefone, mesa de som e sistema de isolamento acústico.
Na parte de baixo da casa, fica a antena de transmissão, uma sala da diretoria, um depósito, cozinha, sala de estar, e um bom estúdio de gravação, também com isolamento acústico e amplo espaço.
Jornalismo
Durante a programação do dia, os apresentadores narram os principais fatos ocorridos no Brasil e no mundo, com notícias que pegam através da internet.
Nós notamos que falta um pouco mais de jornalismo durante a programação, e que os alunos das oficinas poderiam atuar como repórteres na comunidade.
A coordenadora Claudinha Neves, diz que espera a outorga definitiva para a rádio poder se profissionalizar e ampliar sua atuação no jornalismo, pois hoje eles contam com poucos recursos para investir nesta área.
Interação com os ouvintes
Pelo telefone 2273-1844, os ouvintes e moradores podem ligar para o apresentador e pedir o que quiserem; músicas, informações, anunciar alguma coisa, etc. Os colaboradores da rádio sempre atendem com muita presteza e dispostos a ajudar quem precisa.
A rádio também fica de portões abertos para qualquer pessoa entrar e conhecer, o locutor Ricardo diz que no horário dele as pessoas podem também participar da programação e falar ao microfone, mandar recados e anunciar músicas.
Situação e processo de habilitação
Segundo a coordenadora Claudinha Neves, a rádio está cumprindo as exigências da Anatel para se legalizar, e espera que o isso aconteça logo.
A licença provisória de funcionamento vence em janeiro, Claudinha acredita que ela será renovada por mais 6 meses, até que consigam a concessão definitiva.
fotos do local:
Fachada:
Estúdio principal, apresentador Ricardo Rocha
Torre de transmissão
São Paulo, 20 de dezembro de 2007
PS: Em Junho de 2008, a Rádio Heliópolis recebeu a outorga de funcionamento e está legalizada na Anatel.
Rádio comunitária Jd. da Saúde
Associação e Movimento Comunitário Beneficente Educativo Cultural Saúde FM
Localizada na Av do Cursino, 3105 1º andar sala 02 – Vila Moraes
Como não tinha telefone na listagem, tentamos procurar o número pelo 102, mas não conseguimos, então fomos 2 vezes na rádio Saúde FM.
A primeira tentativa foi no sábado, 15/12 e a segunda, na última terça-feira dia 18/12.
No sábado, chegamos no endereço relacionado e nos deparamos com o prédio para alugar, com ares de abandonado, mas com uma antena de rádio na cobertura.
Tocamos a campainha e não saiu ninguém para nos atender, conversamos com os vizinhos, de um lado uma revendedora de carros e do outro um salão de beleza.
Em ambos os lugares, nos disseram que de vez em quando uma pessoa vai até o lugar, mas não sabem dizer se essa pessoa faz parte da radio, a única informação que nos deram, e que existia uma radio chamada Estrada FM, mas que não existe há algum tempo.
Tentamos sintonizar a freqüência 87,5 MHz na região mas também não tivemos sucesso.
Em nossa segunda tentativa, na terça-feira, chegamos e nos deparamos com a mesma cena, portões fechados e ninguém no local, os vizinhos disseram que ninguém apareceu no local desde sábado até aquele dia.
Telefonamos para a imobiliária Adelino, que possui uma placa de aluguel no local, lá nos informaram que a sala comercial está vaga há pelo menos 3 meses e que não possuem um telefone do último locador.
Sendo assim, esta foi mais uma tentativa frustrada de reportagem em uma rádio comunitária.
fotos do local:
São Paulo, 18 de dezembro 2007
Localizada na Av do Cursino, 3105 1º andar sala 02 – Vila Moraes
Como não tinha telefone na listagem, tentamos procurar o número pelo 102, mas não conseguimos, então fomos 2 vezes na rádio Saúde FM.
A primeira tentativa foi no sábado, 15/12 e a segunda, na última terça-feira dia 18/12.
No sábado, chegamos no endereço relacionado e nos deparamos com o prédio para alugar, com ares de abandonado, mas com uma antena de rádio na cobertura.
Tocamos a campainha e não saiu ninguém para nos atender, conversamos com os vizinhos, de um lado uma revendedora de carros e do outro um salão de beleza.
Em ambos os lugares, nos disseram que de vez em quando uma pessoa vai até o lugar, mas não sabem dizer se essa pessoa faz parte da radio, a única informação que nos deram, e que existia uma radio chamada Estrada FM, mas que não existe há algum tempo.
Tentamos sintonizar a freqüência 87,5 MHz na região mas também não tivemos sucesso.
Em nossa segunda tentativa, na terça-feira, chegamos e nos deparamos com a mesma cena, portões fechados e ninguém no local, os vizinhos disseram que ninguém apareceu no local desde sábado até aquele dia.
Telefonamos para a imobiliária Adelino, que possui uma placa de aluguel no local, lá nos informaram que a sala comercial está vaga há pelo menos 3 meses e que não possuem um telefone do último locador.
Sendo assim, esta foi mais uma tentativa frustrada de reportagem em uma rádio comunitária.
fotos do local:
São Paulo, 18 de dezembro 2007
Rádio comunitária Jd. Ângela
Tentativas frustradas
“Nóis fumo e não encontremo ninguém...”
Associação cultural comunitária Asa Dourada
Após diversas tentativas de marcar uma entrevista com o Professor Rocha, responsável pela entidade, só conseguimos agendar para quinta-feira dia 20/12.
Saímos do nosso trabalho na hora do almoço e fomos para o local indicado na relação das rádios e endereços fornecida pela Oboré.
Porém, nos deparamos com uma surpresa muito desagradável. Chegando ao local indicado na relação, (Av. Bernardo Goldfarb, 06 - Jardim Ângela), nos deparamos com um local quase deserto, ao lado de um depósito de ferro velho.
Seguimos o guia de ruas de São Paulo e nos certificamos que existia apenas uma avenida na cidade com este nome e que estávamos no local indicado pelo guia.
Depois de pedir informações para alguns transeuntes, descobrimos que a avenida citada dava na entrada de um condomínio, chegamos na portaria, e o porteiro nos informou que não havia ali nenhuma rádio comunitária, nenhuma associação e sequer o número indicado na lista.
Procuramos alguma antena de rádio, tentamos sintonizar as freqüências 87,5 e 87,7 no dial do rádio e também não tivemos sucesso.
Tentamos diversas vezes entrar em contato por telefone com o professor, mas ninguém nos atendia, para termos certeza que não estávamos com problema em nossos celulares, ligamos para nossas casas e pedimos para nossos familiares tentarem ligar para o professor, e a resposta foi a mesma, tentamos ainda telefonar de um orelhão e também não conseguimos.
Voltamos frustrados para casa, mas antes, tiramos diversas fotos do local indicado pela relação da Oboré, para provarmos que nós estivemos no local.
Chegando em casa, mandamos um e-mail para o professor, reclamando do ocorrido. No dia seguinte recebemos a resposta que o endereço correto era no centro da cidade, na rua Maria Paula, local diferente do indicado no mapa da cidade.
Pegamos a relação da oboré e fomos conferir os dados e constatamos vários erros na descrição desta rádio;
- O endereço está completamente errado e fora da realidade
- O endereço citado (av Bernardo Goldfarb – Jd Ângela) não possui nenhuma rádio
- O CEP, também citado, pertence a uma rua no Grajaú, bem distante do Jd Ângela.
Segue agora uma foto do local:
São Paulo, 15 de dezembro 2007
“Nóis fumo e não encontremo ninguém...”
Associação cultural comunitária Asa Dourada
Após diversas tentativas de marcar uma entrevista com o Professor Rocha, responsável pela entidade, só conseguimos agendar para quinta-feira dia 20/12.
Saímos do nosso trabalho na hora do almoço e fomos para o local indicado na relação das rádios e endereços fornecida pela Oboré.
Porém, nos deparamos com uma surpresa muito desagradável. Chegando ao local indicado na relação, (Av. Bernardo Goldfarb, 06 - Jardim Ângela), nos deparamos com um local quase deserto, ao lado de um depósito de ferro velho.
Seguimos o guia de ruas de São Paulo e nos certificamos que existia apenas uma avenida na cidade com este nome e que estávamos no local indicado pelo guia.
Depois de pedir informações para alguns transeuntes, descobrimos que a avenida citada dava na entrada de um condomínio, chegamos na portaria, e o porteiro nos informou que não havia ali nenhuma rádio comunitária, nenhuma associação e sequer o número indicado na lista.
Procuramos alguma antena de rádio, tentamos sintonizar as freqüências 87,5 e 87,7 no dial do rádio e também não tivemos sucesso.
Tentamos diversas vezes entrar em contato por telefone com o professor, mas ninguém nos atendia, para termos certeza que não estávamos com problema em nossos celulares, ligamos para nossas casas e pedimos para nossos familiares tentarem ligar para o professor, e a resposta foi a mesma, tentamos ainda telefonar de um orelhão e também não conseguimos.
Voltamos frustrados para casa, mas antes, tiramos diversas fotos do local indicado pela relação da Oboré, para provarmos que nós estivemos no local.
Chegando em casa, mandamos um e-mail para o professor, reclamando do ocorrido. No dia seguinte recebemos a resposta que o endereço correto era no centro da cidade, na rua Maria Paula, local diferente do indicado no mapa da cidade.
Pegamos a relação da oboré e fomos conferir os dados e constatamos vários erros na descrição desta rádio;
- O endereço está completamente errado e fora da realidade
- O endereço citado (av Bernardo Goldfarb – Jd Ângela) não possui nenhuma rádio
- O CEP, também citado, pertence a uma rua no Grajaú, bem distante do Jd Ângela.
Segue agora uma foto do local:
São Paulo, 15 de dezembro 2007
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