Em uma guerra onde os combatentes estão camuflados na população, os jornalistas viram alvos vulneráveis, e numero de mortes bate recorde.
Desde que estourou a Guerra do Iraque em março de 2003, até o final de 2007, mais de 200 jornalistas foram assassinados, fazendo com que este conflito seja o que mais resultou mortes para imprensa na história recente.
Em 2008, até o mês de agosto, 31 jornalistas já foram mortos no Iraque, no qual 24 mortes foram por assassinatos e sete por conseqüência de fogo cruzado durante os confrontos. Mais de um terço dos mortos trabalhavam para agências internacionais de notícias, e dos 31 mortos, 30 eram de nacionalidade Iraquiana que trabalhavam para imprensa local e também internacional.
As principais causas da morte e ameaças à imprensa são os pistoleiros não identificados, os ataques suicidas à bomba e as operações dos militares norte-americanas, afirmou o relatório do Comitê de Proteção dos Jornalistas, o CPJ, que apontou o ano de 2007 como o mais letal para a categoria em mais de uma década, com 49 casos de morte.
Nesta guerra, os profissionais da imprensa deixaram de ser figuras neutras e passaram a ser alvos dos rebeldes, principalmente após contratação de grupos particulares de segurança, que confrontam com rebeldes.
A Organização Repórteres sem Fronteiras aponta que 75% dos casos de assassinatos de jornalistas foram planejados, e feitos em forma de emboscadas, ao contrário de conflitos anteriores, quando os jornalistas morriam em decorrência de balas perdidas e atentados contra outros alvos.
Em todo o mundo, o CPJ apurou que 64 jornalistas morreram no cumprimento de seu trabalho em 2007, oito a mais que no ano anterior. O Comitê registrou somente um ano com um número maior de vítimas fatais, foi em 1994, quando 66 jornalistas morreram, a maioria deles nos conflitos da Argélia, Bósnia e Ruanda.
terça-feira, 7 de outubro de 2008
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