A pesquisa CNT/Sensus divulgada esta semana é taxativa, 77% dos brasileiros aprovam e confiam no presidente Lula. O percentual só não é histórico, pois a mesma pesquisa, em fevereiro de 2003 apontou aprovação de 83% do barbudo, que recém eleito, era a personificação da esperança de um povo sofrido que passava por anos difíceis.
Hoje, seis anos e nove meses depois da posse, por que o presidente Lula tem uma aprovação tão elevada? Carisma, retórica e seu histórico de vida ajudam, mas nem de longe dão a resposta a esta questão, que tanto atormenta a vida da classe média conservadora. A questão principal, e tão simples de responder é: A vida do povo melhorou principalmente do povo pobre. Mas como, onde e por que melhorou?
Após a implantação do Plano Real, em 1994, pelo presidente Itamar Franco, o fantasma da inflação deixou de fazer parte da realidade do brasileiro. Com a moeda forte e valorizada, a classe média e a baixa não precisavam mais fazer a “compra do mês” e estocar todo o alimento no “freezer”, também começaram a comprar bens duráveis em prestações, uma vez que o fantasma da correção monetária sumiu, e as redes tipo “Casas Bahia” entenderam a função do crédito na economia. A estabilização da moeda foi o primeiro passo para a virada do brasileiro médio.
Pulando no tempo a fase nebulosa entre 1995 e 2003, o novo governo começou com uma política de arrocho nas contas públicas, metas altas de superávit primário e pagamento de contas externas. O primeiro programa social de impacto, o “Fome Zero” não vingou, mas os que o sucederam sim, não é a toa que o governo foi reeleito em meio a uma crise política estratosférica e toda a pirotecnia e o circo armado pela imprensa na época.
A pesquisa “Síntese dos indicadores sociais” divulgada ontem (24) pelo IBGE é um retrato do Brasil de Lula. Praticamente todos os indicadores relacionados à qualidade de vida melhoraram, e muito. Para se tomar como exemplo, o número de famílias pobres, que vivem com meio salário mínimo per capita por mês, caiu 26%, saindo de 31% em 1997 para 23% em 2007.
O Bolsa Família, o Prouni, o Luz para Todos e os programas de inclusão racial, só para citar alguns exemplos, são mecanismos de inclusão, ao contrário do pensamento neoliberal babaca de que são puro assistencialismo, esses programas distribuem renda e cidadania aos que nunca tiveram essa oportunidade. A inclusão deve ser baseada em uma série de fatores, como educação, saúde, saneamento, emprego e renda, mas o primeiro e mais importante fator está sendo cumprido, que é a alimentação. Ninguém faz nada com fome.
O problema da exclusão no Brasil, infelizmente não acaba de uma hora para outra, mas se seguir esse caminho vai acabar, e em poucos anos. Hoje mesmo, a ministra Dilma Rousseff falou que com os recursos do pré-sal, a pobreza no Brasil acabará em 18 anos. Você acredita? Eu sim.
quarta-feira, 24 de setembro de 2008
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