"Está na fase final, com decisão iminente, o julgamento no Tribunal Superior Eleitoral do processo movido pela coligação "Maranhão -a Força do Povo", que apoiou a candidata Roseana Sarney (DEM) ao governo do Maranhão nas eleições de 2006, pedindo a cassação do governador Jackson Lago e do vice–governador, Luis Carlos Porto.
O motivo alegado para justificar o pedido seria a ocorrência de abuso de poder político (uso da administração pública em benefício dessa candidatura).
Não é difícil demonstrar, mesmo conhecendo as sutis filigranas jurídicas, a fragilidade das acusações. A maior parte das supostas irregularidades ocorreu antes do dia 1º de outubro de 2006 (data do primeiro turno). O então Governador do Estado, José Reinaldo Tavares – que apoiou no primeiro turno o candidato Edson Vidigal, seu correligionário do Partido Socialista Brasileiro, teria celebrado convênios com prefeituras como instrumento eleitoral.
No primeiro turno, Roseana Sarney superou Jackson Lago em 101 (cento e um) dos 156 (cento e cinqüenta e seis) municípios beneficiados com repasses de recursos decorrentes de tais ajustes. E, em diversos Municípios, não favorecidos com esses convênios, a candidata Roseana Sarney foi derrotada. Os exemplos mais concretos são os Municípios de São Luís e Imperatriz, nos quais Jackson Lago venceu a eleição com dianteira de mais de 210.000 mil eleitores1.
No segundo turno, Roseana Sarney não conseguiu o apoio de nenhum dos candidatos derrotados no primeiro turno. Sua votação se manteve praticamente inalterada: 1.282.053 votos no primeiro turno e 1.295.745 no segundo. O terceiro e quarto colocados, Edson Vidigal e Aderson Lago, apoiaram Jackson Lago, que tendo recebido 933.089 votos no primeiro turno, saltou para 1.393.647 votos no segundo. A diferença é praticamente equivalente ao total de votos dos candidatos derrotados no primeiro turno2. Não há nada de ilegal ou ilegítimo nisso!
Este breve resumo dos antecedentes do processo contra o Dr. Jackson Lago só permite uma conclusão: o processo movido contra ele é político e não jurídico.
A candidatura de Roseana Sarney em 2006 representava a continuidade no controle do aparelho do Estado de um grupo político–econômico que começou a obter poder quando seu maior expoente, o atual Senador José Sarney, numa reviravolta política, aliou–se ao governo militar após o golpe de 1964, tornando–se desta forma governador biônico. Na verdade, quem teria sido eleito governador pelo voto, caso não houvesse a intervenção militar, teria sido Neiva Moreira, cuja candidatura já era dada como vitoriosa. Mas nessa altura, Neiva tinha sido preso e depois expulso do pais, passando 15 anos no exílio.
Aliado à ditadura, Sarney comandou o Maranhão como um chefe político absolutista, pois além do poder econômico, foi concentrando amplas prerrogativas políticas, como a formação do maior conglomerado de comunicação da região, o sistema Mirante, e a omeação para os principais cargos nos poderes e na burocracia do Estado daqueles que lhe juravam fidelidade plena.
Como nas monarquias hereditárias, José Sarney “preparou” os filhos para assegurar a continuidade do seu domínio sob o Estado, sempre amparado na falta de democracia, de liberdade de imprensa, na construção de mitos e no uso e abuso da maquina burocrática. Quando a abertura política permitiu uma eleição de compromisso entre o passado autoritário e um futuro democrático, Sarney teve o benefício do destino trágico de Tancredo Neves para chegar à Presidência.
Desde que as eleições se tornaram, de fato, diretas, esse grupo vinha mantendo o seu poder graças a essa forma autoritária de controle do Estado. Assinale–se, por exemplo, que as emissoras de rádio e de televisão que funcionam nos país com prazo de concessão vencido, estão alguns das que pertencem ao grupo Mirante.
Há alguns anos que a família Sarney está sendo investigada por irregularidades de todo tipo (eleitorais, financeiras, administrativas) que praticou durante décadas.
Chama a atenção que o grupo Sarney, que teve a ousadia de pedir a cassação do governador Jackson Lago confiado em seu imenso poder, tenha um dos seus membros, Fernando, filho do senador Sarney, sob investigação da polícia e do Ministério Público por financiamento ilegal de campanha de Roseana Sarney para o governo do Maranhão em 2006!
Alguém duvida, diante desta pequena síntese, de que o processo contra o Dr. Jackson Lago é político? Alguém duvida que se trata de mais uma jogada suja de um clã que não se resigna a aceitar a realidade de que o Maranhão, pelo voto popular, disse que não aceita mais ser um feudo da família Sarney?
A Justiça no Brasil está sendo observada pelo povo, que em duas décadas de exercício do voto e da prática cotidiana da DEMOCRACIA aprendeu que O VOTO TEM VALOR!!
A família Sarney foi destronada pelo voto popular e confia-se que a Justiça Brasileira mais uma vez referende a vontade do eleitor não cometendo um equívoco que certamente trará graves e imprevisíveis conseqüências políticas para a governabilidade do Estado do Maranhão."
terça-feira, 18 de novembro de 2008
terça-feira, 7 de outubro de 2008
Operação Guanabara se estenderá até o segundo turno no Rio.
A atuação do exército na cidade do Rio de Janeiro para a segurança das eleições ainda não terminou. Apesar de passado o período mais crítico, as tropas ficarão na cidade para garantir a segurança do pleito do dia 26 de outubro.
Para o porta-voz da Operação Guanabara, coronel André Novaes, o objetivo da primeira parte da ação foi cumprido, que era acabar com currais eleitorais de candidatos a vereador, garantir a livre manifestação política e permitir a todos os candidatos de fazer campanha nas comunidades: “Do ponto de vista militar, a ação foi um sucesso, o objetivo era acabar com currais eleitorais e mostrar aos cidadãos que o voto é livre.” Disse o coronel.
Para a eleição do segundo turno as tropas permanecerão na cidade, mas somente para fazer a segurança no dia da eleição (26), e nos locais de votação, sem ações nos morros, como na primeira fase da operação, explica o coronel Novais: “a não ser nos locais onde tenham zonas eleitorais dentro das favelas, o exército vai ficar só nos arredores dos morros, protegendo somente os locais de votação.”
Apesar de toda ação do exército para garantir a livre escolha do voto, três candidatos suspeitos de ter ligação com as milícias nos morros cariocas foram eleitos vereadores: Carminha Jerominho, Cristiano Girão e Claudinho da Academia, o que mostra que o problema do curral eleitoral nos morros está longe de ter um fim.
Por: Allan Ravagnani
Para o porta-voz da Operação Guanabara, coronel André Novaes, o objetivo da primeira parte da ação foi cumprido, que era acabar com currais eleitorais de candidatos a vereador, garantir a livre manifestação política e permitir a todos os candidatos de fazer campanha nas comunidades: “Do ponto de vista militar, a ação foi um sucesso, o objetivo era acabar com currais eleitorais e mostrar aos cidadãos que o voto é livre.” Disse o coronel.
Para a eleição do segundo turno as tropas permanecerão na cidade, mas somente para fazer a segurança no dia da eleição (26), e nos locais de votação, sem ações nos morros, como na primeira fase da operação, explica o coronel Novais: “a não ser nos locais onde tenham zonas eleitorais dentro das favelas, o exército vai ficar só nos arredores dos morros, protegendo somente os locais de votação.”
Apesar de toda ação do exército para garantir a livre escolha do voto, três candidatos suspeitos de ter ligação com as milícias nos morros cariocas foram eleitos vereadores: Carminha Jerominho, Cristiano Girão e Claudinho da Academia, o que mostra que o problema do curral eleitoral nos morros está longe de ter um fim.
Por: Allan Ravagnani
Conflito do Iraque é o que mais mata jornalistas
Em uma guerra onde os combatentes estão camuflados na população, os jornalistas viram alvos vulneráveis, e numero de mortes bate recorde.
Desde que estourou a Guerra do Iraque em março de 2003, até o final de 2007, mais de 200 jornalistas foram assassinados, fazendo com que este conflito seja o que mais resultou mortes para imprensa na história recente.
Em 2008, até o mês de agosto, 31 jornalistas já foram mortos no Iraque, no qual 24 mortes foram por assassinatos e sete por conseqüência de fogo cruzado durante os confrontos. Mais de um terço dos mortos trabalhavam para agências internacionais de notícias, e dos 31 mortos, 30 eram de nacionalidade Iraquiana que trabalhavam para imprensa local e também internacional.
As principais causas da morte e ameaças à imprensa são os pistoleiros não identificados, os ataques suicidas à bomba e as operações dos militares norte-americanas, afirmou o relatório do Comitê de Proteção dos Jornalistas, o CPJ, que apontou o ano de 2007 como o mais letal para a categoria em mais de uma década, com 49 casos de morte.
Nesta guerra, os profissionais da imprensa deixaram de ser figuras neutras e passaram a ser alvos dos rebeldes, principalmente após contratação de grupos particulares de segurança, que confrontam com rebeldes.
A Organização Repórteres sem Fronteiras aponta que 75% dos casos de assassinatos de jornalistas foram planejados, e feitos em forma de emboscadas, ao contrário de conflitos anteriores, quando os jornalistas morriam em decorrência de balas perdidas e atentados contra outros alvos.
Em todo o mundo, o CPJ apurou que 64 jornalistas morreram no cumprimento de seu trabalho em 2007, oito a mais que no ano anterior. O Comitê registrou somente um ano com um número maior de vítimas fatais, foi em 1994, quando 66 jornalistas morreram, a maioria deles nos conflitos da Argélia, Bósnia e Ruanda.
Desde que estourou a Guerra do Iraque em março de 2003, até o final de 2007, mais de 200 jornalistas foram assassinados, fazendo com que este conflito seja o que mais resultou mortes para imprensa na história recente.
Em 2008, até o mês de agosto, 31 jornalistas já foram mortos no Iraque, no qual 24 mortes foram por assassinatos e sete por conseqüência de fogo cruzado durante os confrontos. Mais de um terço dos mortos trabalhavam para agências internacionais de notícias, e dos 31 mortos, 30 eram de nacionalidade Iraquiana que trabalhavam para imprensa local e também internacional.
As principais causas da morte e ameaças à imprensa são os pistoleiros não identificados, os ataques suicidas à bomba e as operações dos militares norte-americanas, afirmou o relatório do Comitê de Proteção dos Jornalistas, o CPJ, que apontou o ano de 2007 como o mais letal para a categoria em mais de uma década, com 49 casos de morte.
Nesta guerra, os profissionais da imprensa deixaram de ser figuras neutras e passaram a ser alvos dos rebeldes, principalmente após contratação de grupos particulares de segurança, que confrontam com rebeldes.
A Organização Repórteres sem Fronteiras aponta que 75% dos casos de assassinatos de jornalistas foram planejados, e feitos em forma de emboscadas, ao contrário de conflitos anteriores, quando os jornalistas morriam em decorrência de balas perdidas e atentados contra outros alvos.
Em todo o mundo, o CPJ apurou que 64 jornalistas morreram no cumprimento de seu trabalho em 2007, oito a mais que no ano anterior. O Comitê registrou somente um ano com um número maior de vítimas fatais, foi em 1994, quando 66 jornalistas morreram, a maioria deles nos conflitos da Argélia, Bósnia e Ruanda.
quarta-feira, 24 de setembro de 2008
Por que todo mundo gosta dele?
A pesquisa CNT/Sensus divulgada esta semana é taxativa, 77% dos brasileiros aprovam e confiam no presidente Lula. O percentual só não é histórico, pois a mesma pesquisa, em fevereiro de 2003 apontou aprovação de 83% do barbudo, que recém eleito, era a personificação da esperança de um povo sofrido que passava por anos difíceis.
Hoje, seis anos e nove meses depois da posse, por que o presidente Lula tem uma aprovação tão elevada? Carisma, retórica e seu histórico de vida ajudam, mas nem de longe dão a resposta a esta questão, que tanto atormenta a vida da classe média conservadora. A questão principal, e tão simples de responder é: A vida do povo melhorou principalmente do povo pobre. Mas como, onde e por que melhorou?
Após a implantação do Plano Real, em 1994, pelo presidente Itamar Franco, o fantasma da inflação deixou de fazer parte da realidade do brasileiro. Com a moeda forte e valorizada, a classe média e a baixa não precisavam mais fazer a “compra do mês” e estocar todo o alimento no “freezer”, também começaram a comprar bens duráveis em prestações, uma vez que o fantasma da correção monetária sumiu, e as redes tipo “Casas Bahia” entenderam a função do crédito na economia. A estabilização da moeda foi o primeiro passo para a virada do brasileiro médio.
Pulando no tempo a fase nebulosa entre 1995 e 2003, o novo governo começou com uma política de arrocho nas contas públicas, metas altas de superávit primário e pagamento de contas externas. O primeiro programa social de impacto, o “Fome Zero” não vingou, mas os que o sucederam sim, não é a toa que o governo foi reeleito em meio a uma crise política estratosférica e toda a pirotecnia e o circo armado pela imprensa na época.
A pesquisa “Síntese dos indicadores sociais” divulgada ontem (24) pelo IBGE é um retrato do Brasil de Lula. Praticamente todos os indicadores relacionados à qualidade de vida melhoraram, e muito. Para se tomar como exemplo, o número de famílias pobres, que vivem com meio salário mínimo per capita por mês, caiu 26%, saindo de 31% em 1997 para 23% em 2007.
O Bolsa Família, o Prouni, o Luz para Todos e os programas de inclusão racial, só para citar alguns exemplos, são mecanismos de inclusão, ao contrário do pensamento neoliberal babaca de que são puro assistencialismo, esses programas distribuem renda e cidadania aos que nunca tiveram essa oportunidade. A inclusão deve ser baseada em uma série de fatores, como educação, saúde, saneamento, emprego e renda, mas o primeiro e mais importante fator está sendo cumprido, que é a alimentação. Ninguém faz nada com fome.
O problema da exclusão no Brasil, infelizmente não acaba de uma hora para outra, mas se seguir esse caminho vai acabar, e em poucos anos. Hoje mesmo, a ministra Dilma Rousseff falou que com os recursos do pré-sal, a pobreza no Brasil acabará em 18 anos. Você acredita? Eu sim.
Hoje, seis anos e nove meses depois da posse, por que o presidente Lula tem uma aprovação tão elevada? Carisma, retórica e seu histórico de vida ajudam, mas nem de longe dão a resposta a esta questão, que tanto atormenta a vida da classe média conservadora. A questão principal, e tão simples de responder é: A vida do povo melhorou principalmente do povo pobre. Mas como, onde e por que melhorou?
Após a implantação do Plano Real, em 1994, pelo presidente Itamar Franco, o fantasma da inflação deixou de fazer parte da realidade do brasileiro. Com a moeda forte e valorizada, a classe média e a baixa não precisavam mais fazer a “compra do mês” e estocar todo o alimento no “freezer”, também começaram a comprar bens duráveis em prestações, uma vez que o fantasma da correção monetária sumiu, e as redes tipo “Casas Bahia” entenderam a função do crédito na economia. A estabilização da moeda foi o primeiro passo para a virada do brasileiro médio.
Pulando no tempo a fase nebulosa entre 1995 e 2003, o novo governo começou com uma política de arrocho nas contas públicas, metas altas de superávit primário e pagamento de contas externas. O primeiro programa social de impacto, o “Fome Zero” não vingou, mas os que o sucederam sim, não é a toa que o governo foi reeleito em meio a uma crise política estratosférica e toda a pirotecnia e o circo armado pela imprensa na época.
A pesquisa “Síntese dos indicadores sociais” divulgada ontem (24) pelo IBGE é um retrato do Brasil de Lula. Praticamente todos os indicadores relacionados à qualidade de vida melhoraram, e muito. Para se tomar como exemplo, o número de famílias pobres, que vivem com meio salário mínimo per capita por mês, caiu 26%, saindo de 31% em 1997 para 23% em 2007.
O Bolsa Família, o Prouni, o Luz para Todos e os programas de inclusão racial, só para citar alguns exemplos, são mecanismos de inclusão, ao contrário do pensamento neoliberal babaca de que são puro assistencialismo, esses programas distribuem renda e cidadania aos que nunca tiveram essa oportunidade. A inclusão deve ser baseada em uma série de fatores, como educação, saúde, saneamento, emprego e renda, mas o primeiro e mais importante fator está sendo cumprido, que é a alimentação. Ninguém faz nada com fome.
O problema da exclusão no Brasil, infelizmente não acaba de uma hora para outra, mas se seguir esse caminho vai acabar, e em poucos anos. Hoje mesmo, a ministra Dilma Rousseff falou que com os recursos do pré-sal, a pobreza no Brasil acabará em 18 anos. Você acredita? Eu sim.
quinta-feira, 18 de setembro de 2008
A crise perto do fim?
Em dez de agosto deste ano, Evo Morales saiu vitorioso no referendo revogatório de seu mandato, que desde o começo foi rejeitado pela oposição. De lá pra cá, sua relação com a direita, que já não era fácil, só piorou. Os opositores passaram a ser mais radicais e violentos, os conflitos com os governistas foram inevitáveis, deixando mais de 30 pessoas mortas nos últimos dias.
Os conflitos se concentram nos estados governados pela oposição, Beni, Pando, Parija e Santa Cruz, onde os governos querem autonomia administrativa da capital La Paz, e maior participação nos impostos sobre os hidrocarbonetos produzidos naqueles estados, que atualmente são utilizados para financiar programas sociais do governo para as regiões pobres.
Em Beni, soldados do exército foram atacados por rebeldes. Em Pando, camponeses foram assassinados pelos radicais e o governador foi preso, em Santa Cruz e Tarija, mais mortes. Apenas para recordar, Beni é o departamento, onde o presidente Evo foi impedido de reabastecer seu helicóptero, tendo que pedir ajuda ao Brasil para voltar a La Paz.
Os maiores consumidores do gás boliviano, Brasil e Argentina, firmaram apoio ao presidente Evo e rechaçaram qualquer tentativa de golpe no país, porém, mesmo com o abastecimento de gás prejudicado, o presidente Lula afirmou que de forma alguma o Brasil irá atuar com militares e respeitará a soberania boliviana.
Para Lula, os países vizinhos irão ajudar de diversas maneiras, como proteger as fronteiras do contrabando de armas e drogas, oferecer ajuda no abastecimento de suprimentos e maquinários, e intermediar possíveis negociações de paz.
Nesta quinta-feira, governo e opositores buscaram acordo para selar o fim dos conflitos. O primeiro dia de negociações, em Cochabamba, contou com presença dos governadores opositores, do presidente Evo, comissões da Igreja Católica e observadores internacionais.
O encontro prevê um documento que contém o restabelecimento de negociações de paz, a desocupação das repartições públicas tomadas pelos opositores, e a investigação sobre o massacre de camponeses no departamento de Pando.
Caso a negociação não tenha sucesso os problemas se agravarão, as indústrias que dependem do gás boliviano terão que fazer racionamento de energia, diminuindo suas produções e desacelerando o crescimento da economia.
Os conflitos se concentram nos estados governados pela oposição, Beni, Pando, Parija e Santa Cruz, onde os governos querem autonomia administrativa da capital La Paz, e maior participação nos impostos sobre os hidrocarbonetos produzidos naqueles estados, que atualmente são utilizados para financiar programas sociais do governo para as regiões pobres.
Em Beni, soldados do exército foram atacados por rebeldes. Em Pando, camponeses foram assassinados pelos radicais e o governador foi preso, em Santa Cruz e Tarija, mais mortes. Apenas para recordar, Beni é o departamento, onde o presidente Evo foi impedido de reabastecer seu helicóptero, tendo que pedir ajuda ao Brasil para voltar a La Paz.
Os maiores consumidores do gás boliviano, Brasil e Argentina, firmaram apoio ao presidente Evo e rechaçaram qualquer tentativa de golpe no país, porém, mesmo com o abastecimento de gás prejudicado, o presidente Lula afirmou que de forma alguma o Brasil irá atuar com militares e respeitará a soberania boliviana.
Para Lula, os países vizinhos irão ajudar de diversas maneiras, como proteger as fronteiras do contrabando de armas e drogas, oferecer ajuda no abastecimento de suprimentos e maquinários, e intermediar possíveis negociações de paz.
Nesta quinta-feira, governo e opositores buscaram acordo para selar o fim dos conflitos. O primeiro dia de negociações, em Cochabamba, contou com presença dos governadores opositores, do presidente Evo, comissões da Igreja Católica e observadores internacionais.
O encontro prevê um documento que contém o restabelecimento de negociações de paz, a desocupação das repartições públicas tomadas pelos opositores, e a investigação sobre o massacre de camponeses no departamento de Pando.
Caso a negociação não tenha sucesso os problemas se agravarão, as indústrias que dependem do gás boliviano terão que fazer racionamento de energia, diminuindo suas produções e desacelerando o crescimento da economia.
segunda-feira, 15 de setembro de 2008
O negócio é bater no PT... no Lula não ...
Os marketeiros da equipe do González tinham razão, a estratégia para Kassab subir e roubar o eleitorado de Alckmim, sem criar um mal-estar para futuras alianças no foi bater na Marta, e deu certo.
Claro que não é só isso, temos que ressaltar a qualidade das campanhas no rádio e na TV de Kassab e Alckmin, nitidamente separada pela captção de dinheiro entre as duas chapas.
Bater na gestão de Marta Suplicy dificilmente tiraria pontos da petista, mas com certeza, quem batesse mais forte e mais contundente, ganharia (ganhará, o jogo ainda está aberto) a vaga de salvador da classe média Anti-PT, do candidato mais capaz de derrotar Marta no segundo turno.
O que mostra que nem Alckmim nem Kassab têm um eleitorado fiel a si e aos partidos, e que a maioria dos seus eleitores buscam, é uma figura representante da classe média conservadora, e que não importa quem seja, será melhor que o PT.
De marketeiro novo, Alckmim começou a adotar a tática do ataque a Marta para recuperar o tempo, e os pontos, perdidos nas últimas semanas, e lançou uma propaganda “genial”, que além de hilária, mostra bem o desespero dos tucanos, e a falta de rumo com a altíssima aprovação do presidente Lula, do PT (como gostava de lembrar Geraldo).
Vejam:
Claro que não é só isso, temos que ressaltar a qualidade das campanhas no rádio e na TV de Kassab e Alckmin, nitidamente separada pela captção de dinheiro entre as duas chapas.
Bater na gestão de Marta Suplicy dificilmente tiraria pontos da petista, mas com certeza, quem batesse mais forte e mais contundente, ganharia (ganhará, o jogo ainda está aberto) a vaga de salvador da classe média Anti-PT, do candidato mais capaz de derrotar Marta no segundo turno.
O que mostra que nem Alckmim nem Kassab têm um eleitorado fiel a si e aos partidos, e que a maioria dos seus eleitores buscam, é uma figura representante da classe média conservadora, e que não importa quem seja, será melhor que o PT.
De marketeiro novo, Alckmim começou a adotar a tática do ataque a Marta para recuperar o tempo, e os pontos, perdidos nas últimas semanas, e lançou uma propaganda “genial”, que além de hilária, mostra bem o desespero dos tucanos, e a falta de rumo com a altíssima aprovação do presidente Lula, do PT (como gostava de lembrar Geraldo).
Vejam:
quarta-feira, 10 de setembro de 2008
debate e pesquisas
O debate que será realizado na TV Bandeirantes nesta quinta-feira, 11/9, mais um marco que pode dividir águas nas eleições municipais.
Após sofrer várias quedas nas pesquisas, e empatar com Kassab, é a hora de Alckmim mostrar que é bom de debate, e ir pra cima do candidato do DEM, que apesar da bela campanha de TV, não tem a mesma cancha que o Tucano em debates, além de ter a língua presa, o que pesa um pouco na estética.
De marketeiro novo, Geraldo Alckmin pretende revitalizar sua campanha, a mudança veio em cima da hora, talvez tarde demais, mas para isso, o desempenho do tucano no debate é fundamental para recuperar os pontos perdidos e jogar uma pá de cal na esperança dos DEMOS.
Marta Suplicy deve entrar para não se comprometer, e claro, se defender dos ataques de Maluf, Kassab e Alckmim. Ela deve apresentar os números de sua gestão, as realizações e colar mais ainda seu nome ao do presidente Lula.
Pesquisas
O Instituto Datafolha preparou 2 rodadas de pesquisas nesta semana, conforme registrado no site do TRE-SP.
O instituto foi a campo ontem (9/9) e está hoje (10/9), e outra na quinta (11/9 - dia do debate) e sexta (12/9).
Os levantamentos serão fundamentais para avaliar o desempenho de cada candidato no debate promovido, e pode começar a definir a tendência do eleitorado para a reta final.
Após sofrer várias quedas nas pesquisas, e empatar com Kassab, é a hora de Alckmim mostrar que é bom de debate, e ir pra cima do candidato do DEM, que apesar da bela campanha de TV, não tem a mesma cancha que o Tucano em debates, além de ter a língua presa, o que pesa um pouco na estética.
De marketeiro novo, Geraldo Alckmin pretende revitalizar sua campanha, a mudança veio em cima da hora, talvez tarde demais, mas para isso, o desempenho do tucano no debate é fundamental para recuperar os pontos perdidos e jogar uma pá de cal na esperança dos DEMOS.
Marta Suplicy deve entrar para não se comprometer, e claro, se defender dos ataques de Maluf, Kassab e Alckmim. Ela deve apresentar os números de sua gestão, as realizações e colar mais ainda seu nome ao do presidente Lula.
Pesquisas
O Instituto Datafolha preparou 2 rodadas de pesquisas nesta semana, conforme registrado no site do TRE-SP.
O instituto foi a campo ontem (9/9) e está hoje (10/9), e outra na quinta (11/9 - dia do debate) e sexta (12/9).
Os levantamentos serão fundamentais para avaliar o desempenho de cada candidato no debate promovido, e pode começar a definir a tendência do eleitorado para a reta final.
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